26 Novembro 2024

Casa da Cidadania da Língua acolhe apresentação do livro sobre cerâmica de Vandelli na 5ª feira

Casa da Cidadania da Língua acolhe apresentação do livro sobre cerâmica de Vandelli na 5ª feira

A Casa da Cidadania da Língua (CCL) acolhe na próxima quinta-feira, dia 28 de novembro, às 18h00, a apresentação do livro “Cerâmica de Vandelli em Coimbra e no Porto”, da autoria de Jorge Pereira de Sampaio. A obra vai ser apresentada pela professora catedrática jubilada da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Maria José Azevedo Santos. Com chancela da SCRIBE, Produções Culturais, o livro aborda o subtema “A Fábrica do Rossio de Santa Clara em Coimbra e a Real Fábrica do Cavaquinho no Porto” e tem prefácios do presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, José Manuel Silva, e do presidente da CM do Porto, Rui Moreira. A apresentação da obra, que foi apoiada pelo Município de Coimbra através da aquisição de 80 exemplares, é de entrada livre.

Na perspetiva de promover o património cultural material e imaterial de Coimbra e da região, onde merece destaque o contributo da cerâmica na preservação e na construção da nossa memória coletiva, a CCL acolhe, na quinta-feira, às 18h00, a apresentação da obra “Cerâmica de Vandelli em Coimbra e no Porto”, de Jorge Pereira de Sampaio. Devido ao elevado interesse municipal do tema, a autarquia apoiou esta edição, através da aquisição de 80 exemplares, num investimento de cerca de 1.760 euros.

 

O livro é inspirado na obra de Domingos Vandelli (1764-1816), italiano que veio para Portugal a convite de Marquês de Pombal, iluminista notável, ligado a muitas áreas do saber, que lecionou na Universidade de Coimbra. Vandelli estudou as riquezas naturais portuguesas e defendeu a sua aplicação para a indústria, tendo sido um dos fundadores da Academia das Ciências de Lisboa.

 

Em Coimbra, entre 1781 e 1788, orientou várias experiências no Laboratório Químico e aplicou os seus conhecimentos na fundação, em 1784, da Fábrica do Rossio de Santa Clara, onde desenvolveu uma linha de produção cerâmica e criou um tipo de louça com a melhor pasta e vidrado que se fazia até então. Os traços principais da sua louça, quer em termos decorativos quer formais, foram seguidos em diversas fábricas fundadas por operários que aprenderam nas suas oficinas do Rossio. A sua influência foi tão forte que a designação “louça de Vandel”, alusiva ao seu nome, ainda é conhecida na cidade.

 

 

Domingos Vandelli foi, ainda, responsável por importantes experiências no campo da cerâmica, entre elas a porcelana. Pelo seu vasto contributo, afirma-se como uma das figuras mais importantes na evolução da Cerâmica Portuguesa do século XVIII.

 

O autor da obra, Jorge Pereira de Sampaio, é natural de Alcobaça, onde reside e trabalha, exercendo funções de Técnico Superior na Direção-Geral do Património Cultural, no quadro de pessoal do Mosteiro de Alcobaça, de que foi diretor entre 2010 e 2015. É, atualmente, investigador do Centro de História d’Aquém e d’Além Mar, na Universidade Nova de Lisboa. Tem desenvolvido trabalho de pesquisa na área da História da Cerâmica Portuguesa, temáticas também alvo das suas teses de mestrado e de doutoramento em História, na vertente de História da Arte, respetivamente, sob os temas “A Faiança da Real Fábrica do Juncal” (em 1999) e “Contribuição de Domingos Vandelli para a História da Cerâmica Portuguesa” (em 2006), ambas pela Universidade Lusíada.

 

Para além desta obra sobre a atividade de Vandelli em Coimbra e no Porto, Jorge Pereira de Sampaio publicou outros livros e tem comissariado várias exposições centradas na História da Cerâmica Portuguesa.

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