18 Novembro 2024

Museu Municipal de Coimbra inaugura exposição “Pressão” de Miguel Pinheiro no sábado

Museu Municipal de Coimbra inaugura exposição “Pressão” de Miguel Pinheiro no sábado

A exposição “Pressão”, de Miguel Pinheiro, inaugura no próximo sábado, dia 23 de novembro, no Edifício Chiado do Museu Municipal de Coimbra. Miguel Pinheiro utiliza a técnica da linogravura para representar motivos naturais que se misturam com o tratamento gráfico de fotografias, de símbolos, de signos e de desenhos originais do autor. Nesta série, “Cyrillic Stories”, o suporte da obra são páginas do livro “Crime e Castigo”, de Dostoiévski, edição de 1971, ano de nascimento do autor. Miguel Pinheiro interrelaciona-se com a obra, atribuindo a cada um dos 50 anos uma impressão digital. A exposição é de entrada livre e pode ser vista até 26 de janeiro de 2025.

Os elementos visuais são impressos, manualmente, em páginas de um único livro que conferiu o nome à série “Cyrillic Stories”. A escolha de “Crime e Castigo”, de Dostoiévski, não se baseou no facto de este ser um clássico da literatura, mas sim no potencial gráfico do alfabeto cirílico e da sua capacidade de, por ser menos percecionado no seu significado, poder associar livremente a linogravura a uma história, a uma narrativa ilustrada. 

 

A edição do livro é de 1971, ano do nascimento do autor e representa a totalidade dos dias vividos em 50 anos: 18.262 e que por serem os do autor (1971-2021) os representa com o mesmo número de repetições da sua impressão digital ao longo de 50 linhas e de 365 (ou 366) colunas. O resultado mostra a escala e a textura do tempo e a diferença de pressão a que os nossos dias nos sujeitam.

Miguel Pinheiro é arquiteto paisagista e nos momentos sem pressão faz uso desta para criar as obras que convida a conhecer nesta exposição. A maioria das representações tratadas pelo autor são figuras da natureza que nos remetem para os registos de espécies resultantes das viagens e expedições científicas dos séculos XVII, XVIII e XIX.

 

Estas ilustrações permitiram uma seriação e classificação do mundo natural que esteve na origem do conhecimento científico moderno. Os motivos naturais misturam-se com tratamento gráfico de fotografias, de símbolos, de signos e de desenhos originais do autor, por vezes, com pormenores de humor dados por introdução de elementos do quotidiano.

 

A mostra, de entrada livre, pode ser vista de terça a sexta-feira, das 10h00 às 18h00, e aos sábados e aos domingos, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. O espaço encerra às segundas-feiras e feriados.

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