Foi a 25 de outubro de 2022 que os “Saberes e Práticas Tradicionais de Construção do Cavaquinho” passaram a constar no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial de Portugal. Ao assinalar-se esta data, com a organização deste conjunto de ações, que reforçam a valorização da construção e o recurso a este icónico instrumento, associado a diferentes expressões musicais, do fado ao folclore, a CM de Coimbra pretende potenciar o reconhecimento deste estatuto.
Com início às 17h00, está agendado um workshop de cavaquinho, dirigido pelo músico Júlio Pereira, sob coordenação de Rui Luís Pinto, e que acolhe a participação de vários grupos de cavaquinho da região. A apresentação do livro/disco “Rasgar”, de autoria de Júlio Pereira, acontece a partir das 18h00, na Sala D. Afonso Henriques. Cabe a José Moças, diretor da “Tradisom” (editora das tradições musicais em Portugal) e Paulo Maximino, representante do Instituto do Património, apresentar a obra, ocasião que também conta com a presença do autor, que é também presidente da Associação Cultural Museu Cavaquinho, uma das entidades impulsionadoras da inscrição do cavaquinho no Inventário.
Numa sessão pública, marcada para as 19h00, presidida pelo presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva, os construtores de instrumentos Fernando Meireles e Fernando Miraldo, ambos com oficinas em Coimbra, vão ser homenageados pelo desenvolvimento de um importante trabalho, de longos anos, em prol da divulgação do cavaquinho e da subsequente salvaguarda dos saberes e práticas tradicionais na construção deste instrumento de cordas, conhecido no mundo inteiro.
O cavaquinho de Coimbra, variação específica do cavaquinho associado à cidade, desempenha um papel significativo na tradição musical de raiz coimbrã, especificamente, no contexto da cultura estudantil ligada à Universidade de Coimbra. Da participação no workshop, exclusivamente dirigido a agrupamentos de cavaquinho, vai resultar um concerto, às 19h30, que vai reunir na Sala D. Afonso Henriques cerca de 150 executantes.
A adesão às iniciativas, que refletem vontade em preservar as tradições culturais imateriais, protegendo, não só o instrumento em si, mas, também, as práticas que garantem a sua existência e a sua perpetuação, é gratuita. Requer, contudo, o levantamento de bilhete, disponíveis na bilheteira do Convento São Francisco, a funcionar diariamente, entre as 15h00 e as 20h00. Será permitido levantar quatro bilhetes, por pessoa, mediante a lotação definida para o evento, não havendo lugar a reservas.
