O 9º lugar obtido por Coimbra no índice da Dyntra é um salto gigante na qualificação dos procedimentos municipais, dado que, de acordo com os últimos dados disponíveis, de 2017, Coimbra estava na 196ª posição. “É um salto de gigante, uma diferença da noite para o dia, que traduz a cultura da transparência por parte do atual executivo camarário e da coligação Juntos Somos Coimbra, mas também o dedicado e rigoroso trabalho do Gabinete de Auditoria, Gestão de Risco e Qualidade da Câmara Municipal de Coimbra, que, também recordo, tinha zero trabalhadores e zero chefias no executivo socialista, que não se dava nada bem com a transparência”, considerou José Manuel Silva, no discurso que proferiu antes do período antes da ordem do dia. “Este é um pormenor que nos distingue claramente. Quando estávamos na oposição criticámos porque nos propúnhamos fazer melhor. E estamos a fazer melhor e de forma mais transparente, como se prova por este e outros indicadores”, acrescentou.
A Dyntra é plataforma colaborativa administrada pela Dyntra ivzw, uma organização internacional sem fins lucrativos com sede em Bruxelas, que tem como objetivos corporizar o movimento social para a transparência dinâmica e o governo aberto, desenvolvendo índices para medir a informação pública de governos, administrações públicas, partidos políticos, governantes eleitos e dos diferentes atores sociais de forma dinâmica, eficiente, transparente e aberta. De acordo com os últimos dados que publicou, Coimbra é agora o 9º município mais transparente de Portugal, a 4ª capital de distrito mais transparente do país e está na 6ª posição no que diz respeito às 50 maiores cidades.
“Por causa deste extraordinário desempenho, a Câmara Municipal de Coimbra foi convidada para dinamizadora de uma das mesas de partilha de experiências, que terá como finalidade refletir sobre Transparência Municipal e o modo de comunicação com as partes interessadas, no 2º Encontro presencial da Rede Intermunicipal para a Transparência e Prevenção da Corrupção”, adiantou ainda José Manuel Silva, congratulando-se pelos resultados que Coimbra alcançou nos últimos anos.
José Manuel Silva associou, a propósito, os indicadores de transparência, recentemente divulgados, com o processo que fechou a ordem de trabalhos da reunião de hoje, a notificação de arquivamento do DIAP na sequência de suspeitas levantas, no ano passado, sobre as negociações para a compra de um terreno em Eiras para habitações a custos acessíveis, em que, com base em “informações truncadas e num enorme chorrilho de falsidades”, se difundiu a ideia de que a CM de Coimbra pretendia comprar por sete o que tinha, alegadamente, sido vendido por um.
O presidente da Câmara lembra que, na altura, tomou a iniciativa de fazer a participação ao Ministério Público, que agora “envia um pormenorizado e fundamentado relatório da investigação realizada, explicando e clarificando todos os passos do processo, e informa do arquivamento dos autos por não haver qualquer indício de ilegalidade”, limpando-se, assim, o nome dos envolvidos. José Manuel Silva disse, ainda, que vai levar este documento à próxima reunião da Assembleia Municipal.
“A forma de trabalhar do atual executivo camarário, transparente e imune à corrupção parece que está a perturbar algumas pessoas, que não têm qualquer inibição em recorrer a mentiras para tentarem denegrir o bom nome, nomeadamente do presidente da Câmara, o alvo a tentar abater. Não terão sorte, por mais que tentem”, concluiu o autarca.