16 Setembro 2024

CM de Coimbra vai auscultar a população sobre reintrodução do glifosato no combate às ervas

CM de Coimbra vai auscultar a população sobre reintrodução do glifosato no combate às ervas

A Câmara Municipal (CM) de Coimbra quer ouvir a população, através de uma auscultação online, sobre a possibilidade de reintrodução de uso de glifosato (herbicida) nos espaços urbanos para travar o crescimento das ervas, prática que, desde o início do mandato, foi posta de lado por razões ecológicas e de saúde pública. Apesar de terem sido testados métodos alternativos de combate, todas as opções revelaram-se, até à presente data, tecnicamente ineficazes; sendo que os serviços municipais continuam empenhados em encontrar alternativas. O Executivo municipal lança, agora, este “referendo” informal, para que os munícipes se pronunciem sobre a reintrodução do uso deste herbicida e em que situações.

O inquérito, já disponível em https://forms.gle/X1NsMRtQcpDE8W4j9, vai ser composto por duas perguntas. A primeira – “Prefere tolerar algumas ervas, por razões ecológicas, de saúde pública, de proteção à saúde dos animais domésticos e de salvaguarda das importantes populações de polinizadores, ou prefere que se utilize glifosato, nas quantidades necessárias?” – dá origem a uma resposta simples de “sim” ou “não”. Se a resposta for negativa (“Não, prefiro que se utilize glifosato, nas quantidades necessárias”), segue-se, então, a segunda questão, “A utilização do glifosato deverá ser generalizada ou deverá apenas incidir nas vias de menor tráfego pedonal?”. Esta tem duas opções de resposta: “A utilização do glifosato deverá ser generalizada” ou “A utilização do glifosato deverá apenas incidir nas vias de menor tráfego pedonal”.

 

No início do mandato, o Executivo municipal assumiu, conscientemente, a opção política e ecológica pela não utilização de herbicidas (glifosato) no perímetro urbano, por razões ecológicas, de saúde pública, de proteção da saúde dos animais domésticos e de salvaguarda das populações de polinizadores. O Departamento de Ambiente e Sustentabilidade e Divisão de Espaços Verdes e Jardins promoveram várias ações para procurar produtos alternativos, mas verificaram, até à data, que as opções alternativas se revelaram tecnicamente ineficazes. Contudo, estas duas unidades orgânicas da autarquia continuam a procurar soluções tecnológicas alternativas para a resolução do crescimento de vegetação herbácea espontânea em arruamentos e vias municipais. Os serviços municipais constataram, ainda, que o facto de não se utilizar o glifosato aumentou significativamente a pressão operacional nos meses de primavera e de verão, quer nos espaços verdes, quer nas ervas dos passeios e de outras vias.

 

Com os passeios com ervas, inevitavelmente, começou a surgir a impressão pública de incompetência dos serviços municipais. Uma impressão errada, uma vez que os serviços continuaram a promover várias ações para resolver o problema, que se revelaram tecnicamente ineficazes.

 

Perante a situação, a Câmara Municipal avança, agora, para uma auscultação online, com o objetivo de perceber se a população prefere tolerar algumas ervas, numa espécie de renaturalização da cidade, ou prefere que se utilize glifosato, nas quantidades necessárias. Desta forma, o Executivo municipal promove, paralelamente, a participação dos munícipes no processo de decisão, de forma transparente.

 

Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now.

×