Tal como explica a informação municipal, o estudo prévio destina-se à valorização do Bosque dos Loios – corredor verde em contexto urbano e resulta, principalmente, das áreas verdes cedidas para domínio público no âmbito de dois loteamentos, da Quinta de São Miguel e da Ladeira dos Loios, sendo ainda contíguas aos loteamentos da Quinta de São Jerónimo, da Quinta dos Loios e da Solum Construções Coimbra, Lda.
O espaço alvo de intervenção pertence quase integralmente à Freguesia de Santo António dos Olivais, mas também à União das Freguesias de Coimbra. Pode ser acedido a norte pela Rua José dos Santos Bessa, a nascente por escadaria da Rua da Quinta São Miguel, a poente, pela Rua Bernardim Ribeiro, que liga às Escadas dos Loios e a sul pelo estacionamento com ligação à Rua Miguel Torga. Situa-se em área urbana consolidada e possui uma área de aproximadamente 13.591 m2, sendo as pendentes do terreno na generalidade muito declivosas, existindo diversas ligações aos arruamentos circundantes, um reservatório desativado e uma mina/estrutura condutora de água e coberto vegetal maioritariamente constituído por invasoras, com resquícios de sobreiral.
Assim, neste estudo idealiza-se uma “mancha continuum naturale fortalecida entre a Quinta de São Jerónimo e o espaço exterior e mata próximos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, consolidando a conetividade da estrutura ecológica urbana”. A recuperação e a valorização desta infraestrutura verde vai permitir, segundo a informação técnica, a mitigação dos efeitos da artificialização da sua envolvente.
“Torna-se imperativo o enriquecimento da conetividade, a valorização do aquífero na ótica do conceito cidade-esponja, a reconversão da ocupação de invasoras para mata autóctone e a possibilidade de utilização do local como palco didático e de sensibilização ambiental”, justifica a informação municipal, que esmiúça as seguintes intervenções: salvaguarda da água; centro de interpretação – célula do reservatório; plano de controlo de invasoras; plantação de espécies de vegetação natural potencial; consolidação de taludes; requalificação de acessibilidades; percursos temáticos e outras intervenções(sistema de drenagem superficial ou reparação/reconstrução de muros).
Importa recordar que o Plano Municipal de Plantações 2024/25, apresentado hoje, dia 23 de novembro, no miradouro da Quinta da Fonte, para além de um investimento global superior a 545 mil euros e a plantação de 2.540 exemplares arbóreos, previa a criação de um bosque nos Loios, com 500 árvores.