Os britânicos The Psychedelic Furs são os cabeça de cartaz do primeiro dia do Luna Fest. A banda londrina, que começou em 1977 pelas mãos dos irmãos Richard e Tim Butler, notabilizou-se nos anos 80 com êxitos como “Love My Way”, “Heaven” ou “Pretty in Pink”. “Estamos mais ‘rock and roll’ do que passámos a ser com os anos. É uma espécie de voltar às nossas raízes”, afirmou Tim Butler, em declarações à agência Lusa, garantindo: “Vamos tocar uma boa seleção das canções que fazem parte da nossa carreira”. O dia de arranque, sexta-feira, 6 de setembro, conta ainda com as atuações da norte-americana Lene Lovich, dos londrinos Theatre of Hate e da banda punk mexicana Carrion Kids no Palco Principal e dos portugueses The Legendary Tigerman, M’as Foice e The Twist Connection no Palco Lux Interior, totalmente dedicado à música nacional, numa parceria com a editora Lux Records.
Já no dia seguinte, sábado, 7 de setembro, o cantor, compositor e guitarrista norte-americano Jon Spencer, nome incontornável na história do rock’n’roll, com ligação a alguns dos projetos de maior sucesso do punk, rock e blues, como os Pussy Galore, Boss Hog, Heavy Trash, sobe ao Palco Principal da Praça da Canção como cabeça de cartaz. Antes, o palco será dos britânicos Johnny Throttle (que juntou elementos dos The Parkinsons, Lucy & The Rats e The Gaggers), dos norte-americanos Kid Congo and The Pink Monkey Birds (antigo guitarrista dos Cramps, Nick Cave and the Bad Seeds e Gun Club), o ska de Natty Bo & The Top Cats, enquanto o Palco Lux Interior vai ser ocupado pelos Belle Chase Hotel, Selma Uamusse e Birds are Indie.
O último dia, domingo, 8 de setembro, fica a cargo da banda punk norte-americana The Gories, do duo da Catalunha que combina rock, new wave e música eletrónica, La Élite (que regressa ao Palco Principal do Luna Fest, depois de terem feito uma atuação surpreendente na edição do ano passado), dos franceses Weird Omen e da banda pós-punk britânica DeadLetter no Palco Principal. Já o Palco Lux Interior vai ser ocupado por Club Makumba e So Dead.
O Luna Fest regressa, assim, a Coimbra e ao recinto da Praça da Canção, de 6 a 8 de setembro. São três noites de música rock e outros estilos alternativos, dois palcos, 7 concertos por noite, com o cartaz que traz à cidade nomes de referência internacionais e nacionais, e DJ sets até às 4h00. A organização aponta para uma lotação de cinco mil pessoas por dia, com Tito Santana a sublinhar que a venda de bilhetes “está a correr bem melhor” do que em 2023. “Estou convencidíssimo de que teremos mais pessoas este ano”, vincou o responsável.
Depois de alguns problemas financeiros com a primeira edição, a organização do Luna Fest espera que este ano, com os apoios angariados, nomeadamente o apoio de 100 mil euros da CM de Coimbra, seja possível assegurar a sustentabilidade do festival e programar com outra tranquilidade a edição de 2025. Tito Santana realçou também a importância que o festival tem ao mostrar outras potencialidades da própria cidade.
Os bilhetes para o festival dedicado ao rock e seus derivados podem ser comprados presencialmente na Lux Records, na Baixa de Coimbra, e online na plataforma BOL, na Worten e nas bilheteiras da Fnac, com o passe geral a custar 88 euros e o diário 35 euros.