“Há 15 dias, percorri todo o IP3 e não encontrei uma única obra, talvez uma, entre Coimbra e Viseu. Ainda ontem [segunda-feira] ouvimos o presidente da Câmara de Viseu [Fernando Ruas] a queixar-se da situação, depois de mais uma infrutífera reunião com o Governo”. Porém, enfatizou o presidente do Município de Coimbra, “a responsabilidade não é de sucessivos governos: é mesmo dos autarcas dos concelhos atravessados pelo IP3, que não se movem com suficiente união e assertividade”. “Já todos percebemos que há muitos anos andamos a ser ludibriados”, lamentou José Manuel Silva.
O presidente da CM de Coimbra ressalvou, todavia, que o feriado municipal “não é dia de política, é [sobretudo] dia de união, de regozijo e de festa”. “Os aumentos da inflação, do custo e escassez dos materiais, do preço da energia e dos combustíveis e do disparar do valor das obras, algumas na casa dos 50%, que todas as pessoas e instituições sentem individual e coletivamente, exigem-nos ainda mais rigor, diálogo, transparência e criatividade na governação camarária, algo que, acreditamos, temos sabido usar e demonstrar”, sublinhou.
José Manuel Silva disse também que, “perante a pressão quotidiana do aumento da despesa, é emergente aumentar a receita, para equilibrar o orçamento camarário e recuperar a capacidade de investimento e de apoio à sociedade e às associações”. “O nosso segundo maior desafio a médio prazo é a afirmação […] de Coimbra como uma grande região metropolitana do país, a única forma de combater eficazmente a crescente, negativa e ostensiva bipolarização do país. Reafirmamos aqui esta nossa determinação. Contem connosco para a luta”, acentuou.
LUSA/CM Coimbra