O Dia Mundial da Árvore foi criado, inicialmente, em países do norte da Europa, para datas consentâneas com os períodos de plantação e de sementeira próprios das condições climatéricas desses países. Contudo, não será a data ideal do ponto de vista das condições do clima e do solo para a realização de plantações nos países mediterrânicos, pelo que a CM de Coimbra tem privilegiado o dia 23 de novembro, Dia da Floresta Autóctone, para a realização de plantações. Ainda assim, o Município assinalou a data com a apresentação do Cadastro do Arvoredo Urbano, no Salão Nobre da CM de Coimbra.
O cadastro integra mais de 26 mil espécies existentes no espaço público e privado municipal da área urbana e já está acessível no site do Município: https://www.cm-coimbra.pt/areas/viver/ambiente/cadastro-do-arvoredo-urbano, num trabalho desenvolvido pela Divisão de Espaços Verdes e Jardins em conjunto com a Divisão de Informação Geográfica e Cadastral. A plataforma permite ter acesso ao “cartão de cidadão” das árvores, ou seja, é possível consultar toda a informação fitossanitária das árvores, às intervenções que sofreu ao longo dos anos, a sua predominância, a sua idade, a sua localização, entre outros. É também uma forma de os munícipes identificaram de forma mais exata as espécies que necessitem de algum tipo de intervenção municipal.
Tal com foi apresentado pelo Chefe de Divisão de Espaços Verdes e Jardins, Daniel Vilhena, esta é ainda uma importante ferramenta de gestão. “Permite-nos tirar conclusões sobre que tipo de medidas poderemos implementar na gestão do arvoredo urbano”, explicou o dirigente. Segundo este cadastro, com mais de 26 mil árvores, é possível ainda concluir a ampla variabilidade das espécies existentes no espaço público ou o facto de a idade média das espécies se centrar entre os 11 e os 20 anos. A necessidade e a importância deste inventário são ainda reconhecidas como medidas de mitigação e de adaptação às alterações climáticas, tendo enquadramento no Programa Municipal para as Alterações Climáticas.
Este trabalho, resultante de uma imposição legal, no quadro do Regime Jurídico do Arvoredo Urbano, resultou de um procedimento de aquisição de serviços especializado para “Inventário, georreferenciação e avaliação geral ao estado fitossanitário e vegetativo do arvoredo urbano municipal”, num investimento de 50.669,85 euros.
Por sua vez, e de uma forma simbólica, foram plantadas 12 árvores na Quinta da Maia, com a Cooperativa Mondego, as últimas de um conjunto de 200 já plantadas no Dia da Floresta Autóctone. A iniciativa contou com a participação do vereador Francisco Queirós, com o pelouro dos Espaços Verdes e Jardins, e da vereadora Ana Bastos, responsável pelo Espaço Público. Também os alunos da Escola Eugénio de Castro plantaram três árvores e visitaram a sementeira de bolotas de sobreiro que efetuaram no Dia da Floresta Autóctone, acompanhados pelos serviços municipais.
A par da plantação é necessário cuidar e o Município de Coimbra está também a refazer as caldeiras de árvores em alguns pontos da cidade, por exemplo, junto ao Conservatório de Música de Coimbra, na rua Pedro Nunes, local visitado neste dia para sinalizar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido e que se estande a outro locais como rua Carlos Seixas ou Avenida Mendes Silva.
De referir, ainda no âmbito do Dia Mundial da Árvore que, no passado sábado, dia 18 de março, foi desenvolvida uma ação pelo Centro Hípico de Coimbra, com o envolvimento da CM de Coimbra e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, de plantação de 150 árvores. Salientar, também, o transplante das 40 oliveiras, coordenada em conjunto com a Metro Mondego, que estavam previstas abater e que se relocalizaram.
Na apresentação de hoje foi ainda referido que o Plano de Arborização da CM de Coimbra para 2023 vai ser divulgado na próxima Reunião de Câmara e prevê a plantação de 2.482 exemplares.