Carlos Fernandes considera que Coimbra está “rigorosamente no centro de uma mega região” entre Lisboa e Corunha, que se prevê estar ligada pela alta velocidade. “Vigo está a mais de quatro horas [de Coimbra] e estará a menos de duas horas. O aeroporto Sá Carneiro [no Porto] está a mais de duas horas e ficará a pouco mais de 30 minutos de Coimbra. Lisboa está a hora e meia e passará a 50 minutos. É, de facto, um encolher do país”, considerou o vice-presidente da IP.
Carlos Fernandes considera que a linha de alta velocidade trará “vantagens óbvias” para a instalação de novas atividades económicas e para a deslocação das pessoas pelo país e salientou que, no final do projeto, Coimbra poderá “aceder a 150 destinos, de modo ferroviário, em Portugal e Espanha”.
O secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, também presente na sessão, optou por recordar que Coimbra “nunca teve uma relação muito fácil com o caminho-de-ferro”, o que justifica, frisou, “alguma ansiedade” por parte da população face aos problemas “que se arrastam no tempo”. “O ponto a que chegámos é que o caminho-de-ferro deixou algumas feridas abertas na cidade de Coimbra”, constatou, apontando para os casos da estação de Coimbra-B e para o ramal da Lousã. O responsável garantiu, ainda, que o Governo está “a resolver ambas as feridas”, com o projeto de construção de uma nova estação ferroviária e com o avançar do Sistema de Mobilidade do Mondego, que vai servir Lousã e Miranda do Corvo.
Os processos do concurso de concessão do troço entre Aveiro e Coimbra da linha de alta velocidade, onde estará incluída a construção da nova estação de Coimbra-B, deverão ser lançados no final de 2023, referiu hoje Carlos Fernandes, prevendo que a primeira fase da linha de alta velocidade (entre Porto e Coimbra) esteja concluída em 2028 e a segunda fase (entre Coimbra e Carregado) até 2030.
CM de Coimbra / LUSA