6 Outubro 2022

@Baixa Coimbra foi considerada elegível e está na corrida a Bairro Comercial Digital

@Baixa Coimbra foi considerada elegível e está na corrida a Bairro Comercial Digital

A candidatura conjunta da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC) e da Coimbra Mais Futuro à linha de financiamento “Bairros Comerciais Digitais” (do Plano de Recuperação e Resiliência – PRR), foi considerada elegível e passou à segunda fase. A candidatura tem o nome @Baixa Coimbra e visa a utilização de ferramentas digitais para gerar uma nova forma de relacionamento entre os comerciantes, os consumidores e o espaço público, contemplando, ainda, a criação de uma identidade visual comum e a melhoria do espaço público.

A Baixa da cidade é candidata a Bairro Comercial Digital. O projeto @Baixa Coimbra foi considerado elegível pelo júri do concurso (constituído pela DGAE, IAPMEI, EMPD, AICEP, IEFP e COMPETE2020) e obteve a classificação de 4,7 valores (numa escala de 1 – fraco – a 5 valores – muito bom). A linha de financiamento “Bairros Comerciais Digitais”, do PRR, contou com 187 candidaturas a nível nacional, sendo que apenas as que conseguiram um valor superior a três passaram para esta segunda fase.

 

“Este é um passo importante, fomos considerados elegíveis e, tendo em conta a classificação, estamos bem encaminhados”, afirmou o vereador da Economia da CM Coimbra, Miguel Fonseca, acrescentando que “agora é tempo de continuar a trabalhar afincadamente nesta candidatura”.

 

O projeto @Baixa Coimbra pretende transformar a Baixa da cidade num verdadeiro centro comercial ao ar livre, conectado e adaptado às novas tendências de consumo, assente num modelo colaborativo de cocriação, com vista à transição para uma nova dimensão de consumo (4.0 e omnicanal), capaz de assegurar a valorização e digitalização do comércio local e a recuperação da economia. Pretende-se, pois, intensificar a relação do espaço público da Baixa de Coimbra com a atividade comercial e operacionalizar uma nova dinâmica competitiva na cidade, contribuindo, de igual modo, para fomentar a atratividade do comércio e serviços presentes na zona.

 

A escolha da área urbana teve em conta a forte densidade de espaços comerciais e de prestação de serviços que caracteriza o local (836 estabelecimentos numa área de 24,5 hectares), um dos requisitos mais relevantes para a aprovação da candidatura.  Outro fator que beneficia a candidatura é o facto de ser apresentada por um consórcio, que é liderado pela autarquia, mas integra também a associação empresarial APBC e a associação de desenvolvimento local Coimbra Mais Futuro.

 

Esta linha de financiamento prevê a criação de 50 Bairros Comerciais Digitais em todo o país, isto é, espaços urbanos delimitados, com uma forte densidade comercial, que possam ser alvo de uma estratégia de gestão comum que assente num ambiente tecnológico avançado. No fundo, o que se pretende é capacitar os comerciantes desse Bairro para outras formas de venda para além da física (em loja), nomeadamente a digital e a híbrida (que conjuga as duas), promovendo e potenciando os seus negócios. O objetivo passa, ainda, por captar uma maior atenção dos consumidores para o Bairro, não só pela sua nova identidade visual e disponibilização de informação relevante para a decisão de consumo, mas também pela facilidade de aquisição de produtos e serviços.

 

Esta medida apresenta-se, assim, como uma oportunidade para Coimbra impulsionar o crescimento económico, promover a proximidade e a coesão territorial, recuperar o sentido de planeamento do urbanismo comercial, promover a digitalização dos operadores económicos e dos seus modelos de negócio, bem como o comércio em linha e a integração digital das cadeias de abastecimento e escoamento.

 

A dotação prevista neste aviso é de 52 milhões de euros (num mínimo de 50 mil euros e até 2 milhões de euros), sendo que o valor máximo de incentivo para cada Bairro poderá vir a ser ajustado, em função da necessidade de garantir o cumprimento da meta da criação de 50 Bairros até 31 de dezembro de 2025. O financiamento a conceder é calculado com base na aplicação da taxa de 100% sobre as despesas consideradas elegíveis.

 

 

 

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