Na reunião do Executivo de 7 de abril, a vereadora com o pelouro do Urbanismo, Ana Bastos, disse que em setembro de 2024 o Município apresentou uma proposta de indeferimento do projeto, em sede de audiência prévia, já depois de ter comunicada à CP em 2023 a recusa do município de validar uma empreitada que iria contra o estudo urbanístico da frente ribeirinha. Posteriormente, foi apresentada uma solução, num edifício da Infraestruturas de Portugal (IP), que aumentaria a capacidade da residência de 25 para 75 camas, mas a CP recusou a proposta por não ser assegurado mais financiamento do que aquele que já tinha previsto, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (cerca de 900 mil euros), afirmou Ana Bastos.
De acordo com a vereadora, face a essa recusa, o Município identificou um edifício municipal na zona do Pátio da Inquisição e elaborou um projeto para a sua adaptação a residência estudantil (com cerca de 20 camas), tendo recebido parecer positivo, com algumas recomendações, por parte do Património Cultural. A CM de Coimbra pretende agora assegurar a transferência do financiamento do programa Erasmus+ previsto para a CP para este novo projeto, esclareceu Ana Bastos.
Ana Bastos vincou que a CM de Coimbra, no espaço de “três ou quatro meses”, tem procurado encontrar soluções alternativas, mas que aprovar aquele antigo dormitório seria “abortar o estudo urbanístico para a frente rio”, projeto aprovado com os votos favoráveis do PS. “Se permitíssemos [a adaptação do dormitório], o edifício iria inviabilizar o novo arruamento, que seria essencial à acessibilidade a todo esse novo bairro”, disse, vincando que o edifício poria em causa um estudo que procura devolver uma relação do rio com aquela zona da cidade. “Não estamos a dormir. Estamos a defender a cidade e uma cidade de futuro”, salientou.
LUSA/CM de Coimbra