O “XIII Ciclo de Requiem Coimbra 2025”, sob o lema “À Eternidade da Obra”, inspira-se na preposição de “Os Lusíadas”, numa homenagem aos grandes compositores e às suas obras imortais. Numa alusão aos 500 anos do nascimento de Camões, o evento une o poder evocativo da obra camoniana com a monumentalidade das composições escolhidas para apresentar na cidade de Coimbra, mas, também, noutras três cidades do país: Chaves, Régua e Vila Franca de Xira.
A programação do XIII Ciclo de Requiem promete três concertos memoráveis em Coimbra. Sob o tema “O poder de libertar: A luz que rompe a escuridão”, no dia 16 de março, às 18h00, na Igreja do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, o concerto inaugural do ciclo acolhe a obra de 2016 “Lux: The Dawn From On High” (O Amanhecer do Alto), de Dan Forrrest, uma composição que evoca a luz, o consolo e a eternidade. A par com o Coro Sinfónico Inês de Castro e a Orquestra Inês de Castro estarão os solistas Grace Feltoe (soprano) e Ricardo Vicente (tenor), sob a direção do maestro Artur Pinho Maria.
Segue-se a estreia do “Requiem” (de 2023), de M. J. Trotta, num concerto único, em que vão ser intérpretes o Coro Sinfónico Inês de Castro, o Orfeon Académico de Coimbra e a Orquestra Inês de Castro, assim como as sopranos Grace Feltoe e Mafalda Umbelino Camilo e o baixo José Chichorro, com direção de Artur Pinho Maria.
O Concerto de Páscoa programado para a cidade de Coimbra, na Sexta-feira Santa, dia 18 de abril, às 18h00, oferece como temática “O poder de vencer o tempo: Obras que transcendem a sua era”. O grande auditório do Convento São Francisco recebe a obra “Fantasia Coral Dó Menor, Opus 80”, de Beethoven, um concerto coral sinfónico que contará com a presença do Coro Sinfónico Inês de Castro, da Orquestra Clássica de Espinho, do pianista Bernardo Santos e do maior número de solistas de sempre em palco, no âmbito do Ciclo de Requiem: Leonor Barbosa de Melo (soprano), Grace Feltoe (soprano), Gisela Saches (mezzo soprano), Pedro Rodrigues (tenor), João Pereira (tenor) e Rui Silva (baixo).
Há ainda lugar para mais uma interpretação do “Requiem Ré Menor, K 626”, de Mozart, a obra mais vezes interpretada pelo Coro Sinfónico Inês de Castro, em Coimbra como noutras regiões do país, fortalecendo a relevância da produção cultural de qualidade, na área da música erudita, que parte desta cidade para percorrer o território nacional.
A direção artística destas duas obras sublimes estará a cargo do maestro Jean-Marc Burfin. Este concerto liga o poder transformador da música ao tema central do XIII Ciclo de Requiem, transportando os ouvintes para um universo onde a música ultrapassa as barreiras temporais, prometendo criar uma experiência que perdura para além do efémero. A “Fantasie Choral” celebra a união entre a força criativa humana e a transcendência espiritual, enquanto o “Requiem”, de Mozart, reflete a busca pela eternidade através da arte.
A segunda temporada do Ciclo de Requiem vai decorrer sob o tema “O poder de fazer memória: O som da eternidade”, através de um concerto inédito que vai decorrer no dia 2 de novembro, às 18h00, no grande auditório do Convento São Francisco. “Dies Irae” resultará numa obra de características únicas, inspirada em compositores, como Fauré, Mozart, Verdi, Bontempo, entre outros, através da interpretação dos seus icónicos andamentos Dies Irae das respetivas obras Requiem. O concerto, resultado de uma chamada para coro participativo, vai reunir coros convidados (locais e nacionais), que mantêm uma forte ligação ao repertório coral sinfónico e que cantaram, durante mais de uma década, diversas obras de temática Requiem com o Coro Sinfónico Inês de Castro, nas diversas edições do Ciclo de Requiem.
Nesta edição, o evento ultrapassa, de novo, as fronteiras do território de Coimbra, estando programados três concertos noutras três cidades: Vila Franca de Xira (com as obras “Lux: The Dawn From On High”, de Dan Forrrest e “Requiem”, de M. J. Trotta); Chaves (11 de abril, com o “Requiem”, de Mozart); Peso da Régua (25 de abril, com o “Requiem”, de Mozart).
Foi desta premissa que partiram Maria do Rosário Pinheiro, presidente da Direção da associação Ecos do Passado, e Artur Pinho Maria, curador do Ciclo de Requiem e maestro do Coro Sinfónico Inês de Castro e da Orquestra Inês de Castro, para a apresentação do evento, que decorreu hoje, em conferência de imprensa. A conferência de imprensa contou, também, com a presença de Maria Carlos Pêgo, diretora do Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Coimbra, de Joaquim Costa Nora, presidente da Mesa Administrativa da Comissão para a Recuperação do Património e Salvaguarda da Identidade (Confraria da Rainha Santa Isabel), de Bernardo Santos, pianista de Coimbra e intérprete convidado do Concerto de Páscoa da cidade, e de Mariana Chichorro, presidente de Direção do Orfeon Académico de Coimbra.