O documento conclui que havia, a 31 de dezembro de 2024, 93 pessoas identificadas como sem teto (que vive no espaço público, alojada em abrigo de emergência ou a viver em local precário) e 104 sem casa. O Relatório dá nota de que houve uma redução de 27,6% do número total de pessoas sem-abrigo face a 2023, correspondendo a menos 75 pessoas nessa condição. Dessas 75 pessoas a menos, 32 foram “integradas em habitação permanente e os restantes ou mudaram de concelho ou o paradeiro passou a ser desconhecido”, afirmou a vereadora com o pelouro da ação social, Ana Cortez Vaz, durante a reunião.
A vereadora deu nota de que a evolução do número “é complexa de se fazer”, face às mudanças que houve nas pessoas que passaram a ser consideradas para a contabilização ao longo dos anos. Segundo Ana Cortez Vaz, os principais problemas associados a pessoas que estão em situação de sem-abrigo centram-se na prevalência de problemas de saúde mental, insuficiência de respostas de habitação, dificuldade de articulação com os serviços de saúde e dificuldade de inserção no mercado de trabalho.
A vereadora vincou ainda que todas as pessoas identificadas têm um plano individual de inserção, elaborado com a participação ativa do próprio, numa “abordagem personalizada que visa promover a autonomia e o bem-estar”. A maioria são homens e têm sobretudo idades entre os 45 e 64 anos e de nacionalidade portuguesa (87%). Das causas que levaram à situação de sem-abrigo, destaca-se a ausência de suporte familiar, desemprego ou precariedade, dependência de álcool ou droga e problemas de saúde mental, disse.
O relatório, dado a conhecer na reunião de Câmara, conclui ainda que vários dos parceiros do NPISA encontraram entraves na sua intervenção, face à falta de oferta habitacional, elevado valor de rendas e os baixos rendimentos das pessoas ajudadas. Essas dificuldades exigem “estratégias coordenadas e esforços contínuos”, referiu.
A vereadora deu nota ainda de que quando o Executivo entrou em funções, em 2021, não havia qualquer candidatura à Bolsa Nacional de Alojamento Temporário, tendo agora duas candidaturas com a pretensão de criar 67 vagas.
LUSA/ CM de Coimbra