Coimbra, “como berço do pensamento e da língua portuguesa”, reconhece no estado brasileiro de Minas Gerais “um território irmão”, onde o português se enraizou “com força” e criou “algumas das mais belas expressões da literatura brasileira”. “A presença da Casa da Cidadania da Língua em Minas não é apenas um símbolo dessa ligação histórica, mas um espaço ativo de reflexão, encontro e inovação”, defendeu o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva.
A Casa da Cidadania da Língua “é um espaço sem fronteiras e inovador, que promove a cooperação e a troca artística e cultural entre Portugal, Brasil e outros países de língua portuguesa”, realçou, por sua vez, o governo de Minas Gerais. A parceria tem também como objetivo “celebrar o bicentenário das relações entre os dois países e valorizar a produção contemporânea de Minas Gerais”, sublinha. A criação da Casa da Cidadania da Língua está alinhada com os objetivos do Ano das Artes em Minas Gerais, que procura descentralizar a produção cultural, valorizar os artistas e promover novas narrativas, enquanto reforça o compromisso da cidade de Coimbra em consolidar-se como um centro de promoção da língua e cultura lusófonas, acrescenta.
“Minas Gerais é um território onde a língua portuguesa encontrou algumas das suas expressões mais profundas, tanto na literatura como na construção da identidade brasileira. Ter a Casa da Cidadania da Língua presente neste estado significa reconhecer essa história e, ao mesmo tempo, projetar a língua para o futuro, como um espaço de diálogo, memória e inovação”, reforçou ainda o presidente da Associação Portugal Brasil 200 Anos, José Manuel Diogo.
Esta colaboração, salientam, entre Coimbra e Minas Gerais representa, para aquelas entidades, “um avanço significativo na construção de pontes culturais no mundo lusófono” e contribui para a consolidação de Coimbra como um epicentro da língua portuguesa, enquanto vai “ampliar a visibilidade da produção artística e literária mineira no panorama internacional”.
LUSA/CM de Coimbra