A abertura da exposição “Não há pensamento onde não há liberdade” está marcada para as 17h30 de dia 17 de janeiro, na Sala do Catálogo da Biblioteca Municipal, e a mostra vai estar patente até ao dia 10 de fevereiro, ficando depois à disposição para percorrer outros destinos. A exposição surge da mostra “Não há pensamento onde não há liberdade”, inaugurada a 19 de abril do ano passado na Casa-Museu Miguel Torga, e da vontade de a tornar itinerante. Para tal, foi convertida num formato de dez painéis, que possibilita, assim, às escolas e outras instituições interessadas acolher e dar a conhecer, desta forma, o autor de “Bichos” e de “Contos da Montanha”. As entidades interessadas em apresentar a mostra itinerante devem entrar em contato com os serviços da Biblioteca Municipal através do e-mail biblioteca@cm-coimbra.pt.
A exposição evoca a dimensão do escritor enquanto lutador pela liberdade, com referência ao seu posicionamento no conturbado período pós 25 de Abril, mas também ao processo original da Polícia Internacional e Defesa do Estado (PIDE), guardado na Torre do Tombo, em Lisboa, do qual Torga tinha cópia, na sua posse, que alguém lhe terá oferecido. Este e outros documentos, pertença do espólio do escritor, estabelecem e compõem uma cronologia de vivências ao longo da sua vida, que pode ser apreciada na exposição.
O programa que assinala os 30 anos da morte de Miguel Torga prevê, ainda, pelas 18h00, na Sala Francisco Sá de Miranda, a realização de uma conferência intitulada “Uma História Trágico-Telúrica. Miguel Torga e a Guerra Civil de Espanha”, proferida por Sérgio Neto, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto – CITCEM. Esta iniciativa, em homenagem a Cervantes e Unamuno e à urze, planta rija que abunda em Trás-os-Montes, onde Miguel Torga nasceu, é organizada pelo Ateneu de Coimbra e pela UPopular.