Estas duas seleções tinham-se encontrado, recentemente, e o empate que se verificou então (16-16) soube a vitória, tendo valido o apuramento dos “Lobos” para o Mundial. Agora, o desafio era grande, tanto para a equipa nacional, como para a organização, que tinha como referência o encontro de 2021 com o Japão, também desfavorável para a seleção nacional, mas que pôs à prova a capacidade de realização de um jogo internacional de rugby no Estádio Municipal de Coimbra.
E se, na altura, a organização passou a prova com distinção, como assinalou a Federação Portuguesa de Rugby (FPR), e conseguiu um número recorde de espetadores num jogo da modalidade em Portugal, potenciado pelo fator novidade, o encontro do passado dia 9 de novembro mostrou que há um público fiel de rugby em Coimbra: de acordo com os dados disponíveis, a Câmara Municipal de Coimbra e a FPR apontam para que tenham estado no Calhabé cerca de 11 mil pessoas.
E para este balanço positivo, que leva já os responsáveis da modalidade a pensar no próximo desafio, considerando Coimbra como uma das capitais do rugby no nosso país, pesa também a mobilização que, em pouco tempo, foi possível fazer, trazendo à cidade clubes desde Loulé até Arcos de Valdevez: cerca de 25 equipas de Sub 8, Sub 10 e Sub 12 e 15 equipas das seleções regionais de Sub 14, Sub 16 e Sub 18. Para além do encontro internacional, Coimbra foi palco de um fim de semana inédito de competição e de convívio do rugby nacional.
O presidente da Câmara, José Manuel Silva, o vereador do Desporto, Carlos Matias Lopes, e o vereador Miguel Fonseca assistiram ao evento desportivo.
Quanto ao jogo, Portugal foi a primeira equipa a marcar, com uma penalidade de Hugo Aubry (12), mas passou a primeira parte quase sempre a correr atrás, uma vez que Paddy Ryan (17) e Nate Augsperger (35) somaram ensaios para os Estados Unidos. Pelo meio, apesar de algumas jogadas que não resultaram em pontos por mera infelicidade, Raffaele Storti (27) fez o primeiro ensaio português.
Depois, apesar da boa entrada dos Estados Unidos na segunda parte, Portugal começou a conseguir superiorizar-se e ganhar domínio territorial. Não marcou de formação espontânea (56), devido a um erro técnico, mas voltou para a frente do marcador com um ensaio de José Lima (62). No entanto, apesar do ascendente na segunda parte, os “Lobos” esbarraram quase sempre na “muralha” norte-americana e não conseguiram sentenciar a partida.
Jogaram por Portugal David Costa, Luka Begic, Cody Thomas, Steevy Cerqueira, António Rebelo Andrade, José Madeira, Nicolas Martins, João Granate, Hugo Camacho, Hugo Aubry, José Paiva dos Santo, Tomás Appleton, José Lima, Raffaele Storti e Simão Bento, tendo também entrado António Machado Santos, Santiago Lopes, Diogo Hasse Ferreira, José Rebelo de Andrade, Diego Pinheiro Ruiz, António Campos, Manuel Vareiro e Gabriel Aviragnet.