As mais de 700 candidaturas de mais de 20 países diferentes mostram uma “adesão muito significativa” ao festival, que, apesar de ter um foco maior na música, inclui projetos apenas relacionados com as outras áreas (arte, tecnologia e educação), considera o diretor do festival, Eron Quintiliano. “Teremos exposições, concertos, performances, instalações e projetos muito interessantes na área da tecnologia, que utilizam inteligência artificial e realidade virtual”, adiantou, em declarações à LUSA.
O diretor considera o festival uma “vitrina de promoção e divulgação de projetos” artísticos, estando presentes programadores e curadores para ampliar redes e ligações entre quem cria e quem programa e edita. “É uma grande montra”, vincou, referindo que o festival tem como objetivo trabalhar no eixo entre a Península Ibérica e a América Latina, de onde a grande maioria dos artistas que estarão presentes são oriundos. Eron Quintiliano considera que o festival, que nasceu em Porto Alegre em 2016 e que teve a sua primeira edição em Coimbra em 2023, pode ser uma “grande plataforma promocional da música e arte ibero-americana”.
“Queremos também aprofundar no futuro a relação com países africanos de língua portuguesa. Diria que Portugal tem um posicionamento geográfico estratégico para fazer essa ponte entre Península Ibérica, África lusófona e América Latina. Não há outro país que tenha essa posição tão privilegiada”, assegurou.
O diretor do festival salientou ainda que a programação dos projetos selecionados é “praticamente gratuita” para a população de Coimbra, que, por cinco euros, poderá assistir à grande maioria dos eventos que irão decorrer no MATE.
Além dos projetos selecionados, será anunciada em breve a programação própria do festival, que em 2023 trouxe até Coimbra nomes como Mad Professor, figura maior do ‘dub’, Mateus Aleluia ou o duo luso-brasileiro António Zambujo e Yamandú Costa.
LUSA/ CM de Coimbra