16 Setembro 2024

Festival “Correntes” celebra o Fado e a Canção de Coimbra de 27 de setembro a 5 de outubro

Festival “Correntes” celebra o Fado e a Canção de Coimbra de 27 de setembro a 5 de outubro

A 7ª edição do festival “Correntes De Um Só Rio – Encontro da Canção, do Fado, da Música, e das Guitarras de Coimbra” está de regresso ao Convento São Francisco de 27 de setembro a 5 de outubro. O festival conta com nove espetáculos e uma instalação audiovisual. “A conta que Deus fez”, de João Farinha, “Melancolia”, com Francisco Zargalo, “Regresso”, com António José Moreira, Ricardo Dias e Pedro Lopes, o Arquivo Sonoro do Fado e da Canção de Coimbra, por Tiago Pereira, uma edição especial do Café Curto, “Questionar um Arquivo”, dos Sampladélicos, os espetáculos “Augúrio” e “Cantigas a gostarem delas próprias”, a 8ª edição da Grande Noite do Fado e da Canção de Coimbra e “Saudade”, da harpista Maria Sá Silva, são as propostas que estão em cima da mesa. Os bilhetes para os espetáculos já estão à venda na BOL e nos locais habituais.

A abrir a programação, no dia 27 de setembro, às 21h30, João Farinha apresenta o seu novo trabalho, “A conta que Deus fez”, no Grande Auditório. Trata-se de um disco “atento a olhar e a acolher a tradição, mas consciente de uma missão que corresponde ao alargar de horizontes e ao ultrapassar de fronteiras, aparece sintetizada em alguns dos títulos que apresenta”. Tiago Nogueira, Ruze e Mafalda Umbelino Camilo são alguns dos convidados especiais desta primeira noite de festival.

 

No dia seguinte, 28 de setembro, segue-se Melancolia, nas cordas dos jovens Francisco Zargalo, acompanhado por Anselmo Batista, Simão Mota, Tiago José Rodrigues, Luis Carvalho e Francisco Cidade, na Sala D. Afonso Henriques. Um espetáculo dedicado a Artur e Carlos Paredes, António Portugal e António Brojo, Octávio Sérgio, Jorge Tuna ou Francisco Martins, entre outros, que deixaram um legado que deixa explícita a versatilidade da guitarra de Coimbra, tomando rumos e formas capazes de demonstrar que há sempre um novo caminho por trilhar.

 

Com a celebração do centenário do nascimento de Carlos Paredes em 2025, esta edição do “Correntes” 2024 antecipa um pouco da comemoração deste nome maior de Coimbra. Com o trio Alvorada, composto por António José Moreira, Ricardo Dias e Pedro Lopes, Regresso apresenta-se no palco do Grande Auditório, às 18h00 de domingo, dia 24 de setembro. Um espetáculo que convida a percorrer, através de temas de Carlos e Artur Paredes, alguns lugares da geografia “parediana” coimbrã. Da escada do Quebra-Costas, onde vivia a família e onde nasceu Carlos Paredes, começa um roteiro através da interpretação de cada um dos temas nos respetivos espaços geográficos da cidade.

 

No Dia Mundial da Música, 1 de outubro, o festival “Correntes” apresenta uma programação que tem início às 18h00, com a apresentação do resultado da primeira fase dos registos do Arquivo Sonoro do Fado e da Canção de Coimbra, por Tiago Pereira – A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria. A instalação audiovisual ficará disponível até ao dia 5 de outubro na Project Room.  Às 19h30, é hora de um Café Curto especial “Correntes”, pela mão e voz da conimbricense Rita Dias e curadoria da Blue House. Cantora, compositora, escritora e atriz, Rita Dias conta com dois discos editados “com os pés na terra” e “morremos tanto para crescer”. O dia encerra com Sampladélicos, dupla de Sílvio Rosado e Tiago Pereira, com Questionar um arquivo, às 21h30, na Sala D. Afonso Henriques. Os Sampladélicos interrogam práticas musicais e sonoras. Sílvio Rosado, músico, trabalha a partir das suas memórias criando malhas sonoras sobre as existentes. Tiago Pereira grava e questiona as suas gravações enquanto as apresenta e transforma. Sobre a Canção de Coimbra, ambos têm questões e através do arquivo em construção trazem essas questões para um espetáculo que coloca vídeo, música e performance no mesmo palco sobre o mesmo tema.

 

Para a edição deste ano do festival, a Divisão do Convento São Francisco desafiou, ainda, a Tarrafo – Associação Cultural a conceber um espetáculo teatral e musical com a questão ou premissa futurista: o Fado e a Canção de Coimbra nos 100 anos do 25 de Abril de 1974. A estreia absoluta será no dia 2 de outubro com duas sessões, para escolas às 10h00 e para público geral às 21h30, a repetir no dia seguinte. O espetáculo AUGÚRIO, com encenação de Adérito Araújo e João Fong, texto e dramaturgia de Hélder Wasterlain e direção musical de Luís Pedro Madeira, ocupa a Black Box, agora transformada no estúdio de gravação LUX RECORDS. Cinco músicos ocupam o espaço, prontos para gravar o disco Augúrio, destinado a ser revolucionário.

 

Cantigas de Amor a gostarem delas próprias é a proposta para a noite de sexta-feira, 4 de outubro. Um espetáculo que reúne músicos de escolas e géneros diferentes, cria possíveis novas Canções de Coimbra, Serenatas a cidades e mulheres imaginárias, cantando alguns clássicos e originais, mas à sua maneira. “Fala Povo Fala” contribuem com o seu lado irreverente, que questiona, “Toy e Emanuel Matos”, dupla da música cigana que agora se cruza com a Canção de Coimbra e Joana Carvalho que traz a sua experiência como mulher numa canção profundamente masculina. Está, assim, prometida uma noite com muitas surpresas e novas interpretações.

 

A marcar o último dia do festival, a 5 de outubro, Dia da República, está o regresso à programação do “Correntes”, mais uma grande noite do Fado e da Canção de Coimbra, numa organização conjunta da CM de Coimbra e do coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra. A 8ª edição da Grande Noite do Fado e da Canção de Coimbra celebrará, uma vez mais, no palco do Grande Auditório, pelas 21h30, o legado do Fado e da Guitarra “num quadro dinâmico de coexistência entre tradição e modernidade, numa simbiose de estéticas e correntes diversas, em bora respeitando a sua identidade”.

 

Na tarde de sábado, na Sala Conventual, pelas 18h00, a harpista Maria Sá Silva apresenta o seu espetáculo SAUDADE. Uma viagem à sonoridade de Carlos Paredes, entre outros, numa adaptação de temas como Verdes Anos. Um momento para (re)descobrir quem somos, através da vivência sonora de emoções como a nostalgia, associada ao fado, mas também a sua garra e audácia que nos faz avançar e perseverar.”, pode ler-se nas notas da artista.

 

São muitas e diversas as propostas que da 7ª edição do festival “Correntes”, que mantém vivo e projeta para o futuro o património singular de Coimbra que é o Fado e a sua Canção.

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