24 Setembro 2024

Festival Apura assinala 5a edição de 26 a 28 de setembro

Festival Apura assinala 5a edição de 26 a 28 de setembro

A 5ª edição do Festival Apura, organizado pela Associação Cultural Apura com o apoio da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, vai decorrer de 26 a 28 de setembro, com diversas iniciativas de cunho multidisciplinar a acontecer na Casa das Artes Bissaya Barreto (CABB) e na República da Praça. Ao longo dos três dias do evento, a apresentação do trabalho de artistas emergentes, nacionais e regionais, vai estar em destaque, com exposições, concertos, residências artísticas e projetos editoriais, entre outras propostas artísticas, a enformar o programa. O festival foi apresentado hoje, dia 24 de setembro, na CABB, na presença do chefe da Divisão de Cultura da CM de Coimbra, Rafael Nascimento, do fundador da Associação Cultural Apura, Bernardo Rocha, e de representantes das entidades parceiras na organização do festival.

O Festival Apura regressa para mais uma edição, dando continuação ao trabalho de mapeamento, reconhecimento, valorização e capacitação da arte emergente, independente e alternativa, de artistas locais e emergentes, incentivando a sua representatividade e consolidando o mote “Apura o teu underground”. Seguindo esta linha condutora, o 5º ano do evento pretende, pois, fomentar o acesso à cultura e à democracia cultural, potenciar novas visões artísticas, novos momentos de partilha de património cultural imaterial e, ainda, reforçar as dinâmicas entre a arte produzida localmente e os diversos movimentos artísticos que se desdobram por todo o país. Em 2024, o projeto integra 50 propostas artísticas, 17 estreias, cerca de 50 artistas e 15 coletivos artísticos.

 

A 5ª edição do Apura prossegue com o objetivo de implementar uma programação cultural mais vasta e aposta na programação do tecido artístico local e nacional emergente, em paralelo com a importância da valorização do património local, designadamente das repúblicas, reconhecendo o papel estratégico que estes espaços comunitários desempenham na relação da comunidade académica com o tecido cultural e artístico da cidade. Razões que levaram a CM de Coimbra a apoiar financeiramente o festival com 8.900 euros.

 

Na edição deste ano, que conta também com o apoio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, a programação realiza-se em vários espaços da CABB (jardim, cave e sala de exposições), com cenografia da responsabilidade do Colectivo Zás, e na República da Praça, abrangendo práticas artísticas convencionais e não convencionais, dividindo-se entre exposições,  instalações, performances, concertos e DJ Sets.

 

Com início a 26 de setembro, o Festival Apura arranca no jardim da CABB, com o concerto da banda conimbricense Bumps, que marca o início da parceria com o projeto MIC (Música Independente de Coimbra), da Blue House, passando pela atuação de Marte Paulo. Na sala de exposições, vai decorrer a performance de Lilian Walker, integrada na exposição “Ser-Coisa”. De volta ao jardim, o público é convidado a contactar com o projeto “Deambula”. No primeiro dia do festival, destaque para a apresentação, fruto de uma residência artística, do saxofonista João Mortágua e da operadora de modulares Rita Silva,  seguida da atuação do projeto coletivo Saturation Divers x Pešpäkøvå. Neste espaço de experimentação, o primeiro dia do evento termina na cave do CABB, com um baile de funk brasileiro, proporcionado pelos Veneno 666.

 

Por sua vez, a República da Praça foi o espaço escolhido para diversos editores e coletivos de Coimbra darem a conhecer as sonoridades que se produzem desde o Porto até Lisboa, todas as noites a partir da meia-noite, com entrada gratuita. Tiago Calvinho Mendonça (Ciga 239), Mood Setter (Act 108) e Bapetismo & Pitch3 & Sota (Vertigo) assumem os DJ Sets, fechando o primeiro dia do festival.

 

No segundo dia, na CABB, destaque para as performances de Sandra Lessa, incluída na exposição “Ser-Coisa” e “VERGONHA”, de Cláudio Vidal, bem como o concerto resultante de uma residência artística entre Gonçalo Almeida, Rachel Musson e Ziv Taubenfeld, em parceria com os Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra. A este alinhamento somam-se uma fusão de guitarras, a tradicional e contemporânea, de Bicho Carpinteiro, com a experimental e elétrica, de José Vale. À banda “Cíntia”, composta por Tom Maciel, Simão Bárcia e Ricardo Oliveira, junta-se a artista Rezmorah. O penúltimo dia convida também a fruir das melodias do dub, jungle e free jazz, por Serpente (Bruno Silva). O dia culmina na República da Praça, com os DJ Sets de Neurodancer, DJ VICECITY e UGHO.

 

No último dia do festival, o Apura e a CABB abrem as portas às 16h30 para uma visita guiada à exposição “Ser-Coisa”, conduzida por Lilian Walker, Sandra Lessa, Sofia Bessa e Sofia Moço Novo. Seguem-se os concertos de rock progressivo dos gaivota (em parceria com o projeto MIC da Blue House) e dos Cat Soup, os textos de Filipe Homem Fonseca na voz de pedrosa & nervosa, os ritmos de Sistro e a exploração sonora de Inês Tartaruga Água. As paisagens contemplativas de Violeta Azevedo e o concerto de Unsafe Space Garden conduzem à última performance musical, na cave do CABB, com Kara Konchar.

 

A encerrar a 5ª edição do evento, a República da Praça acolhe os DJ Sets de GBRL, RODABOTAFORA, NOAZE  e Lexi.

 

À semelhança das edições anteriores, o Festival Apura, que foi apresentado hoje em conferência de imprensa, contou, como habitualmente, com um warm-up, no passado dia 19 de setembro. Dança, cinema, hip hop e projetos emergentes do concelho foram as propostas para este aquecimento, dinamizados conjuntamente pela Associação Cultural Apura, o Centro de Estudos Cinematográficos e a Clandestina.

 

Com exceção das ações previstas na República da Praça, e de modo a garantir a sustentabilidade do festival, o acesso às iniciativas a decorrer na CABB (incluindo a visita guiada de dia 28 de setembro) têm um custo associado de dois euros (bilhete diário) e de cinco euros (bilhete geral). Os bilhetes podem ser adquiridos presencialmente na CABB ou através da bilheteira online Blue Ticket.

 

A Associação Cultural Apura tem como intuito criar um movimento cultural capaz de ser uma plataforma de divulgação, de programação, criação e cocriação artística, fortalecendo a presença de artistas em espaços culturais da cidade de Coimbra, com o objetivo de ampliar a exposição de obras artísticas locais, nacionais e internacionais na cidade e em todo o seu território regional. Para além disso, tem também como prioridade densificar a sua relação com o tecido de agentes culturais e sociais da cidade de Coimbra. 

 

Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | João Paulo Silvano

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