25 Setembro 2024

Consignada instalação da rede de saneamento e de remodelação da rede de água nas Carvalhosas

Consignada instalação da rede de saneamento e de remodelação da rede de água nas Carvalhosas

A empreitada de instalação da rede de saneamento e de remodelação da rede de água na zona das Carvalhosas foi consignada hoje, dia 25 de setembro, à Marsilop, Sociedade de Empreitadas, pelo valor de 1.850.000 euros (mais IVA), totalizando cerca de 2 milhões de euros (M€), e com um prazo de execução de 690 dias. A obra vai beneficiar 550 habitantes, deixando esta povoação com uma cobertura quase total do serviço de drenagem de águas residuais e concretizando, assim, um desejo antigo das populações. A consignação decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, na presença do presidente da Câmara, José Manuel Silva, do presidente do Conselho de Administração (CA) da Águas de Coimbra (AC), Alfeu Sá Marques, do presidente da Junta de Freguesia de Torres do Mondego, Paulo Cardoso, bem como do empreiteiro.

A intervenção da AC prevê a instalação de coletores de drenagem de águas residuais numa extensão de quase quatro quilómetros, bem como a execução de 200 ramais domiciliários de saneamento. Serão, ainda, construídas duas estações elevatórias de águas residuais e instalados 872 metros de condutas elevatórias. A rede de drenagem de águas residuais domésticas será ligada a um emissário e estação elevatória, que a Águas do Centro Litoral irá construir. Uma intervenção, de grande complexidade dada a orografia da zona, e que deverá demorar 690 dias.

 

Esta intervenção, com um investimento de 2 M€ pretende, com a instalação da rede de saneamento, melhorar as condições ambientais e de salubridade e, com a remodelação da rede de distribuição de água, diminuir a probabilidade de haver roturas, contribuindo para a redução das perdas de água. Na rede de abastecimento de água, serão instalados cerca de 3.900 metros de tubagem e remodelados 200 ramais de água. No âmbito da empreitada, está prevista a repavimentação geral das vias, numa área total de cerca de 16 mil m2.

 

Esta é uma obra há muito desejada pela população, mas que se reveste de complexidade, e que, inevitavelmente, vai ter impacto no dia a dia das pessoas, causando naturais constrangimentos e exigindo uma cuidada articulação com os serviços de transportes que servem aquela zona. José Manuel Silva sublinhou que há muito que ouvia falar desta obra, mas agora, finalmente, ela está lançada. O presidente da CM de Coimbra adiantou, ainda, que vão surgir constrangimentos para as populações, apelando à sua compreensão, uma vez que a obra vai melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem nas Carvalhosas, à semelhança do que acontece com as obras que decorrem no centro da cidade.

 

Alfeu Sá Marques realçou que esta intervenção é prioritária pelo facto de a freguesia de Torres do Mondego ter uma baixa taxa de cobertura da rede de drenagem de águas residuais. “Infelizmente, não podemos fazer a totalidade da freguesia, fazemos o essencial, as Carvalhosas, e comprometemo-nos a fazer no próximo ano o restante, Palheiros e Zorro”, disse o presidente CA da Águas de Coimbra, adiantando que vai aproveitar-se para se fazer a remodelação da rede de abastecimento de água, já com alguma idade e com fugas.

 

A empresa Águas de Coimbra tem em fase de conclusão os projetos de instalação da rede de águas residuais nas povoações de Palheiros e Zorro, também na parte sul da freguesia de Torres do Mondego. A concretização dessas obras será, necessariamente, faseada, pelo avultado investimento que requer. Levar o saneamento a todas as partes do concelho de Coimbra, executando obras especialmente complexas e, por isso mesmo, muito dispendiosas, tem sido uma prioridade da Câmara Municipal de Coimbra, fundamentada na igualdade de acesso a serviços públicos essenciais.

 

A extensão da rede de abastecimento de água de Coimbra é de 1.200 quilómetros, sensivelmente a mesma extensão da rede de águas residuais e pluviais, e serve 87 mil clientes. Para se ter uma noção, salientou Alfeu Sá Marques, o Porto tem uma rede de 800 quilómetros para 160 mil clientes, o que, sublinhou, é mais fácil de gerir. 

 

Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | João Paulo Silvano

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