20 Setembro 2024

Agência para a Gestão do Sistema Intermodal da Região de Coimbra formalizada hoje

Agência para a Gestão do Sistema Intermodal da Região de Coimbra formalizada hoje

Foi, hoje, dia 20 de setembro, formalizado, na Câmara Municipal de Coimbra, o contrato de constituição da AGIT – Agência para a Gestão do Sistema Intermodal da Região de Coimbra, entre o Município de Coimbra e a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC). A AGIT ficará responsável pela gestão, na Região, do sistema integrado de bilhética. No futuro, com o mesmo título de transporte será possível viajar no Sistema de Mobilidade do Mondego, nos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), nos serviços de transportes concessionados pela CIM-RC e na CP (em determinados serviços). Este título único deverá estar a funcionar aquando da entrada ao serviço do Metrobus, em 2025. A cerimónia, integrada no programa municipal da Semana Europeia da Mobilidade, contou com a presença do presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, José Manuel Silva, da vereadora da Mobilidade, Ana Bastos, do presidente do Conselho Intermunicipal da CIM-RC, Emílio Torrão, do secretário executivo da CIM-RC, Jorge Brito, e do presidente do Conselho de Administração da Metro Mondego (MM), João Marrana.

A Câmara Municipal (CM) de Coimbra ficará com 49,9% do capital social da AGIT, sendo o restante (50,1%) da CIM-RC. O Município irá investir 581 mil euros, até 2027, nesta entidade, que terá um capital social de 1,16 milhões de euros, sendo o restante investido pela CIM-RC. Ainda este ano, a autarquia investe 325.245 euros, para o ano 153.443 euros, no ano seguinte 55.239 euros e, por fim, 47.605 euros, em 2027.

 

A cerimónia de hoje, integrada no programa municipal da Semana Europeia da Mobilidade, começou com a intervenção da vereadora da CM de Coimbra, Ana Bastos, e a apresentação da AGIT pelo secretário executivo da CIM-RC, Jorge Brito. Contou ainda com as intervenções do presidente do Conselho de Administração da MM, João Marrana, do presidente do Conselho Intermunicipal da CIM-RC, Emílio Torrão, e, por fim, do presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva.

 

Desta forma, vai ser implantado um verdadeiro sistema intermodal na região de Coimbra, beneficiando os utilizadores de serviços públicos de transporte de passageiros, através de tipologias de bilhética interoperáveis e de tarifário comum, permitindo que os utilizadores não sejam penalizados nos transbordos. O objetivo passa por assegurar que este título único esteja a funcionar a tempo da entrada ao serviço do Metrobus, em 2025.

 

O processo que levou à constituição da AGIT começou em 2019, com um protocolo entre o Município de Coimbra e a CIM-RC para definição de um sistema tarifário para a Região, de forma a garantir o acesso dos cidadãos à mobilidade através de um tarifário justo, acessível, de forma a criar condições para a transferência modal do transporte individual para o transporte público coletivo de passageiros, potenciando a capacidade de atração do transporte público e da transferência modal.

 

Posteriormente, em 2022 e por despacho da Secretaria de Estado da Descentralização e da Administração, da Mobilidade e das Infraestruturas, foi constituído um grupo de trabalho designado “Grupo de Trabalho para a Criação da Entidade de Gestão do Sistema Intermodal da Região de Coimbra”, com o objetivo de avaliar as condições em que devia ser constituída a entidade responsável pela gestão do sistema intermodal. Este grupo integrou representantes do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, a quem coube a coordenação, da CIM-RC, da CM de Coimbra, da CP e da MM.

 

A AGIT deverá ter 10 funcionários (incluindo um presidente e um vogal não executivo) e irá assegurar um sistema de informação, de partilha e de comunicação entre os operadores envolvidos, garantindo a repartição das receitas provenientes do bilhete único, em função da procura. Face às comissões de validação de títulos que a AGIT irá receber, entre outras receitas, perspetiva-se que o funcionamento da empresa seja sustentável e permita até assegurar resultados positivos, estimando-se lucros de 190 mil euros, em 2031. A entidade é constituída por uma Assembleia Geral, Conselho de Administração e, ainda, um Conselho Consultivo.

 

Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | João Paulo Silvano

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