Intitulada “O Coração da Ucrânia em Coimbra”, a iniciativa conta com uma programação que remete à cultura deste país, com comida tradicional, artesanato e atuações artísticas, para além de tatuagens, workshops e um espaço infantil.
O presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva, cumprimentou os ucranianos “que estão a sofrer a agressão de um ditador fascista e imperialista, que pensa que pode, impunemente, invadir outros países”. “Queria agradecer à Ucrânia por estar a defender a liberdade e a democracia na Europa, à custa do seu próprio território, que está a ser destruído, e das suas próprias vidas”, acrescentou. O autarca defendeu ainda que a Ucrânia “merece mais ajuda do Ocidente” e que “o imperialismo russo” tem de ser travado, senão “ele continuará até chegar ao Atlântico”.
José Manuel Silva apelou ainda para a participação de todos no evento de sábado, que é de entrada gratuita. Parte dos fundos arrecadados durante o evento vai ser destinada à Associação Ucraniana VeraCausa, sediada em Coimbra, que apoia refugiados ucranianos, faz doações ao exército ucraniano e ajuda na reconstrução de áreas destruídas no país.
“Será um evento agridoce, porque queremos celebrar, mas também não podemos estar a dançar e ser muito felizes quando temos a situação que temos na Ucrânia, com a guerra da Rússia em curso, então vamos ter lembranças da guerra”, afirmou, por sua vez, a ativista ucraniana e representante da comunidade ucraniana em Coimbra, Olga Filipova.
A programação conta com uma exposição fotográfica de um poeta e soldado ucraniano morto em combate, um documentário sobre os primeiros dias da guerra e uma experiência imersiva, com sons de sirenes e a recriação de situações de ataque aéreo. Embora a iniciativa decorra ao longo de todo o dia, a abertura oficial do evento está marcada para as 15h30, momento que vai contar com a presença do presidente da CM de Coimbra e de representantes da Embaixada da Ucrânia em Portugal. “Vamos ter também uma ‘protest art’, um espaço onde vamos trazer todos os cartazes que levamos aos nossos protestos”, acrescentou Olga Filipova.
LUSA/CM de Coimbra
Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | João Pedro Lopes