28 Agosto 2024

Festival Jazz ao Centro está de regresso a vários espaços da cidade de 21 de setembro a 5 de outubro

Festival Jazz ao Centro está de regresso a vários espaços da cidade de 21 de setembro a 5 de outubro

A 22ª edição do Festival Jazz ao Centro está de regresso a Coimbra de 21 de setembro a 5 de outubro. Ao longo de três semanas, uma dezena de espaços da cidade, entre eles o Convento São Francisco, o Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), a Imprensa da Universidade de Coimbra e o Seminário Maior, acolhem 15 concertos em vários formatos, desde o solo ao ensemble alargado. O evento, que é coorganizado pelo Jazz ao Centro Clube e pela Câmara Municipal (CM) de Coimbra, foi apresentado hoje, dia 28 de agosto, numa conferência de imprensa que decorreu no Salão Brazil e contou com a participação do diretor da Jazz ao Centro Clube, José Miguel Pereira, e da diretora do Departamento de cultura e Turismo da autarquia, Maria Carlos Pêgo.

“Depois de 21 edições, o Festival Jazz ao Centro certamente se transformou, mas o impulso inicial que levou à sua criação permanece inalterado. Podemos resumir esse impulso em três pontos: mostrar a realidade viva do Jazz, na sua pluralidade e riqueza; envolver a cidade através de uma densa rede de parcerias que permite a realização de concertos em salas, espaços patrimoniais e no espaço público; e fazer dos Encontros um lugar de criação”, afirmou José Miguel Pereira na conferência de imprensa.

 

“Os Encontros Internacionais de Jazz revelam-se, ano após ano, como um evento fundamental para o panorama cultural de Coimbra. A programação diversificada, que abrange desde concertos de grandes nomes do jazz internacional até apresentações de novos talentos locais e nacionais, demonstra o compromisso do festival em mostrar a pluralidade e a riqueza deste género musical. O facto de o mesmo decorrer em diversos espaços da cidade e envolver uma ampla rede de parcerias, fortalece o seu vínculo com a comunidade. O Festival não se limita a apresentar concertos, mas também a fomentar a criação artística, através de residências e projetos de imersão que envolvem músicos de diferentes gerações e origens. Dessa forma, contribui para a formação de novos talentos e para a revitalização do cenário musical local”, afirmou, por sua vez, Maria Carlos Pêgo.

 

Os solos de Satoko Fujii, Carlos Barretto e Zoh Amba, as residências artísticas que juntam, por um lado, cinco músicos britânicos e cinco músicos portugueses e, por outro lado, o quarteto formado por Rodrigo Amado, Samuel Gapp, Hernâni Faustino e João Lencastre e o encontro improvável entre músicos do universo da Tuna Académica da Universidade de Coimbra com a composição instantânea do Maestro Luís Castro (Associação Porta Jazz) são algumas das propostas da programação da 22ª edição do Festival Jazz ao Centro.

 

Com um número significativo de concertos em que o valor do ingresso é decidido pelo público, os bilhetes para os concertos do Festival Jazz ao Centro com preço tabelado (a decorrer no TAGV, Salão Brazil, Museu Nacional Machado de Castro e Grémio Operário de Coimbra) serão colocados à venda nos próximos dias, nas respectivas salas e bilheteira online, sendo que os seus preços variam entre os 6€ e os 8€ euros.

 

O Festival tem início no dia 21 de setembro, com um concerto da pianista japonesa Satoko Fujii, no palco do Teatro Académico de Gil Vicente. Com uma carreira de quase 3 décadas, Fujii é uma notável pianista e compositora, conhecida pelo carácter multifacetado da sua escrita, desde os pequenos combos ao formato orquestral. Em Coimbra, faz a sua estreia em Portugal a solo. 

 

No dia 22 de setembro, último dia de Verão, ao final da tarde, o Parque Verde (Entrada Poente) recebe o concerto do trio de Pedro Ricardo que, em 2023, lançou o aclamado “Soprem Bons Ventos” pela Soundway Records. A fechar o primeiro bloco do Jazz ao Centro, o Convento São Francisco será palco para a estreia de Aether – Cruzamento, espectáculo que junta o trio “Bode Wilson”, de João Pedro Brandão, Demian Cabaud e Marcos Cavaleiro às bailarinas Ana Rita Xavier e Wura Moraes, com desenho de luz de Cárin Geada.

 

O segundo fim de semana do festival é quase inteiramente dedicado aos resultados da residência artística que junta, entre os dias 23 e 28 de setembro, cinco músicos britânicos a cinco músicos portugueses/residentes em Portugal. Entre os participantes contam-se figuras relevantes do jazz e das músicas improvisadas de ambos os territórios: Gonçalo Almeida (contrabaixo), Hannah Marshall (violoncelo), Karoline Leblanc (piano), Luís Vicente (trompete), Marcelo dos Reis (guitarra) Mark Sanders (bateria), Olie Brice (contrabaixo)  Pat Thomas (piano e eletrónica), Rachel Musson (saxofones) e Ziv Taubenfeld (clarinete baixo). Em diferentes configurações, irão apresentar-se em sete concertos, nos dias 26, 27 e 28 de setembro, em espaços como a Casa das Artes Bissaya Barreto (em parceria com o Festival Apura), o Salão Brazil, o Museu Nacional Machado de Castro e o Seminário Maior.

 

Paralelamente à residência, acontecerá, no dia 28 de setembro, a apresentação final do resultado do projeto Imersão/Improvisação, no qual vários músicos do universo dos grupos da Tuna Académica da Universidade de Coimbra, nomeadamente da Big Band RAGS, são desafiados pela pelo maestro Luís Castro (da Associação Porta-Jazz), a criar um espetáculo único e irrepetível, assente na improvisação e em várias técnicas que permitem a composição em tempo real. O TAGV será o palco deste concerto, no qual o público também terá um papel ativo, conduzido pelo maestro Luís Castro.

 

O derradeiro fim de semana do festival reserva-nos um vaivém entre a Baixa e a Alta. No Largo do Poço, o Salão Brazil acolhe, nas noites de 4 e 5 de outubro, um quarteto que junta Rodrigo Amado (saxofone tenor), Samuel Gapp (piano), Hernâni Faustino (contrabaixo) e João Lencastre (bateria) para duas noites de concertos e gravação. Na Rua da Ilha, primeiro na Imprensa da Universidade de Coimbra e, no dia seguinte, no Grémio Operário de Coimbra, atuam, respetivamente, a saxofonista americana Zoh Amba e o contrabaixista Carlos Barretto.

 

Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | Nuno Ávila

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