A nova plataforma Arquivo Digital de Coimbra já está à disposição de todos os que a queiram consultar, em https://arquivodigital.cm-coimbra.pt.
O Arquivo Municipal disponibiliza assim, publicamente, uma parte do vasto e valioso acervo documental da CM de Coimbra, entre outra documentação de menor volume, vários pergaminhos (1266 a 1883), Forais Manuelinos (século XVI), documentos relativos a concelhos extintos como Cernache e Eiras, Livros dos Acordos e Vereações/Atas da Câmara (1491 a 1976), Escrituras e documentos anexos (1551 a 1924), livros sobre a Receita e Despesa (1557 a 1883), Registo de enterramentos (1855 a 1917), Cartas e Ordens à Câmara, Cartas Originais dos Reis e Cartas Originais dos Infantes (1418 a 1778).
Para além dos documentos antigos, encontram-se também disponíveis a coleção completa do periódico “O Observador” (1847 a 1854), que tem continuidade em “O Conimbricense” (1854 a 1908), bem como o “Notícias de Coimbra” (1934 a 1945) e parte da revista “Ilustração Portuguesa” (1884 a 1908). Estes dois últimos, apesar de incompletos, contam com uma edição assinalável de números.
Para sinalizar a parceria com o Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra, no tratamento arquivístico de acervos documentais de arquitetura e urbanismo cedidos a esta entidade, o Arquivo Municipal assegurou a descrição e digitalização do trabalho do Arquiteto Silva Pinto, enriquecido com vários documentos de urbanismo da CM de Coimbra, estando atualmente disponível para consulta, objetivo pretendido a prazo, para a documentação de várias figuras proeminentes da arquitetura e urbanismo, com reconhecido impacto na região de Coimbra, como Étienne de Gröer, Vasco Cunha e Carlos de Almeida.
Na sua aproximação à comunidade académica e civil, o Arquivo Municipal tem em curso um projeto para a difusão dos acervos das Repúblicas de Coimbra, universo único no país, encontrando-se em fase inicial de tratamento a documentação da “Real República do Rás-Teparta” e existindo a expetativa de novas adesões, conforme manifestado pela “Real República dos Fantasmas” e a “República da Praça”.
Na sequência desta atuação, o Arquivo Municipal vai dar continuidade ao tratamento do património documental com mais de 10 km, incluindo material de divulgação de eventos, iniciando estudos para a implementação de uma política municipal para a recolha e tratamento de acervos documentais com interesse público, direcionada a arquivos de associações ou coletividades culturais, recreativas e desportivas, bem como a arquivos pessoais, de famílias ou de empresas, sejam de texto, imagem, som ou vídeo, com grande impacto na sociedade e no território da região de Coimbra.
Com a plataforma Arquivo Digital de Coimbra, a Câmara Municipal pretende assegurar uma nova interação com a comunidade através da difusão online de informação com interesse público, integrando a Rede Portuguesa de Arquivos que, enquanto ponto agregador de recursos arquivísticos, redireciona os conteúdos disponíveis para portais internacionais, como o Portal Europeu de Arquivos e a Europeana, passíveis de serem reutilizados pelo cidadão do mundo para fins recreativos, culturais, artísticos e científicos.
A autarquia assinalou o lançamento público da plataforma com uma iniciativa que decorreu hoje na Casa Municipal da Cultura. O evento assinalou, também, o Dia Internacional dos Arquivos, que se celebra a 9 de junho, com intervenções de várias personalidades responsáveis pela definição da política arquivística nacional e distrital, bem como representantes de entidades parceiras no projeto para a difusão de património documental da região de Coimbra.
Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | João Pedro Lopes
