Ana Bastos considera que esta é uma forma de mitigar a não ida do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) até ao Polo 1 da Universidade de Coimbra, assegurando um meio mecânico que facilite a deslocação entre a Praça da República e a Alta universitária. “O elevador será um projeto complexo, que exige escavação. Há um átrio de entrada [na base das monumentais] que é subterrâneo e a torre será pouco visível e intrusiva, visto que estamos a falar numa zona classificada pela Unesco”, salientou, em declarações à agência LUSA.
A intenção do Município seria a de ter o elevador pronto aquando do arranque da Linha do Hospital do SMM (que só deverá estar a funcionar no final de 2025), mas Ana Bastos admitiu que os prazos estarão dependentes da rapidez com que o financiamento possa ser atribuído.
Anteriormente, estava previsto no projeto de execução do SMM, no âmbito da Linha do Hospital, a criação da “Navete”, um serviço de miniautocarros que asseguraria a circulação entre a Praça da República (que é servida pelo SMM) e a Alta universitária. “Essa solução tende a não funcionar, porque seria mais um transbordo. Era um circuito moroso, complexo e que não seria cativante. A Navete teria ainda outro problema que seria mandar abaixo três plátanos de grande porte na avenida Sá da Bandeira e essa possibilidade contribuiu para a sua não concretização”, explicou à LUSA Ana Bastos.
A Infraestruturas de Portugal (IP) celebrou, a 28 de março, um ajuste direto no valor de 220 mil euros com a Profico para alterar o projeto de execução do SMM, sistema com autocarros elétricos em via dedicada que irá circular em Coimbra, servindo ainda os concelhos de Lousã e Miranda do Corvo. No caderno de encargos, a IP justifica a necessidade de alteração do projeto de execução, após interações com a Câmara Municipal de Coimbra. Uma das alterações será a supressão da Navete na Linha do Hospital (onde haverá também alterações ao nível da segurança rodoviária), estando ainda previstas alterações ao projeto na empreitada do troço entre a Portagem e Coimbra-B, para enquadrar soluções urbanísticas distintas da inicial, nomeadamente a pedonalização da avenida Aeminium. “Não há quaisquer alterações ao canal [do SMM]”, garantiu Ana Bastos, salientando que, sobretudo, as mudanças estão relacionadas com arranjos urbanísticos, dando o exemplo do fim da rotunda junto à ponte-açude (que deixa de ser necessária com a pedonalização da avenida Aeminium).
LUSA/ CM de Coimbra