“Sinto que tive de aproveitar a oportunidade que nos é concedida, dada a situação em que me encontro neste momento”, disse o jovem de Pombal, distrito de Leiria, que está a recuperar de um acidente de viação na unidade de ortopedia. Aluno do curso de informática de gestão no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra, Pedro Santos soube da possibilidade de voto antecipado pela irmã através das redes sociais e quis votar “porque é um direito e um dever”. “Acho que todos devemos ter em atenção a taxa de abstenção, que é elevadíssima, cerca de 40%, que é um número que toda a gente deve ter em conta e que deve ser alarmante para toda a gente”, justificou. Durante a tarde de hoje votaram mais três doentes nos HUC, que, ao contrário de Pedro Santos, não se puderam deslocar ao local da urna de voto e tiveram de exercer o seu direito no leito das unidades de tratamento.
Na mesa de voto esteve o presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva, que selou e introduziu o boletim de Pedro Santos na urna. “É a primeira vez que estou numa mesa de voto nesta dupla função de presidente da Câmara e médico e achei que devia acompanhar as mesas de voto da ULS de Coimbra”, frisou o autarca, antigo bastonário da Ordem dos Médicos.
No âmbito do concelho de Coimbra, esta operação de voto antecipado, para além dos HUC, decorre também no Estabelecimento Prisional de Coimbra, no Centro Educativo dos Olivais, no Hospital Sobral Cid e no Hospital dos Covões, contando com cerca de 250 inscritos. A operação é coordenada pela CM de Coimbra, através da equipa de apoio às Eleições Legislativas de 10 de março, sendo o processo de recolha de votos nos vários locais sempre acompanhado por um eleito local em funções.
O exercício do direito de voto é feito de acordo com as orientações da Comissão Nacional de Eleições e cumprindo todas as normas de segurança nos vários locais de recolha.