A tarefa de reforço da estrutura arbórea no vale da ribeira do Vale das Flores é da responsabilidade da MM que, após esta aprovação, tem autorização para proceder à intervenção nos terrenos do domínio municipal, durante o período necessário para a execução dos trabalhos, tendo em conta as alterações ao plano introduzidas pelo município, em particular pela Divisão de Espaços Verdes e Jardins e Divisão de Projetos.
Os serviços entendem que o projeto define objetivos claros alinhados com as políticas de mitigação dos efeitos das alterações climáticas, devendo ser aprovado com pontuais condições, e recordam que a proposta se baseia num estudo anterior para o local feito pela Divisão de Projetos e no trabalho desenvolvido, a pedido do município, pela Proaqua (associação para a promoção do conhecimento em ecologia aquática).
Destacam, da análise do projeto, o objetivo da constituição de uma floresta urbana no Vale das Flores, com a erradicação de espécies invasoras, replantação e densificação das áreas que foram sujeitas a intervenção cujas árvores morreram, plantação em espaços contíguos à ribeira do Vale das Flores, nomeadamente estabilização superficial dos taludes através da plantação de árvores e de arbustos e diversificação de ambientes – aumento das áreas de estadia e diferenciação de percursos.
Sublinham, também, a criação de cortinas visuais que permitem diminuir o impacto dos vários viadutos e, consequentemente, mitigar a presença do automóvel no parque, a implementação de árvores junto dos percursos e dos arruamentos, oferecendo enquadramento visual e mitigando as temperaturas elevadas no Verão através do ensombramento, a diversificação de espécies – aumento da biodiversidade assegurando uma escolha de espécies adaptadas o à situação climática, condições de humidade e características edáficas, implementação de diferentes tipologias de matas e de vegetação resistente às condições do solo e clima do local.
Porém, consideram essencial a introdução de “pequenas notas”, em alguns pontos como, por exemplo, na marcação de escadas – o projeto prevê a construção de paliçadas em taludes e a colocação de toros de madeira para delimitação de caminhos e marcação de escadas – que os serviços municipais entendem ser “inadequada, uma vez que é proposta para um acesso necessário para veículos de manutenção. Deverá ser impedido o acesso de veículos não autorizados por este acesso.”
No entender dos serviços municipais, “a zona de clareira não deve ter rega por aspersão, devendo apenas ser instalada rega de suporte aos elementos arbóreos em fase de implantação, e bocas de rega. É admitida a variação cromática dos prados associada ao período estival, não sendo desejável manter, artificialmente, o prado verde”. Na zona por baixo da rotunda, entende-se que deve ser prevista a plantação de arbustos e/ou herbáceas, de modo a melhorar o aspeto e a integração do local.
Outra das alterações passa por “semear, em zonas de maior intensidade de uso, prados baixos, os restantes deverão ser prados com floração que contribua para o suporte da fauna apícola” e, acrescenta-se, devem ser usados nos prados sementes da flora autóctone portuguesa. Propõe-se, ainda, que “na plantação de árvores deve ser assegurado um afastamento mínimo de 1,5m a elementos construídos (pavimentos e/ou muros) e que as covas das árvores devem ser preenchidas com estilha de madeira.