6 Outubro 2023

Coimbra celebra conferência de Zamora com Ayuntamiento de Zamora e Fundación Rei D. Afonso Henriques

Coimbra celebra conferência de Zamora com Ayuntamiento de Zamora e Fundación Rei D. Afonso Henriques

A Câmara Municipal (CM) de Coimbra celebrou os 880 anos da conferência de Zamora (1143), ontem, dia 5 de outubro, com um programa integrado nas celebrações do Dia da Implantação da República. O programa foi elaborado em conjunto, e com a participação, de representantes do Ayuntamiento de Zamora e da Fundación Rei D. Afonso Henriques e incluiu uma parceria para um novo tratado entre Coimbra e Zamora para as área do ambiente, sustentabilidade, turismo e reabilitação urbana. A comunicação “Coimbra e Portugal nos 880 anos da Conferência de Zamora”, realizada pelo professor de História Medieval da Faculdade de letras da Universidade de Coimbra Luis Miguel Rêpas, foi um dos destaques da programação.

A cimeira de Zamora – realizada a 5 de outubro de 1143 – reveste-se de uma importância crucial para a História de Portugal em geral, e para Coimbra em particular. Uma razão que levou a Câmara Municipal de Coimbra a convidar o Ayuntamiento de Zamora para celebrar os 880 anos deste encontro de paz entre os dois primos (D. Afonso Henriques e Afonso VII), simbolizando – com este ato – a proximidade institucional entre as duas cidades, unidas pela história, projetando esta relação no presente e no futuro, consolidando numa parceria abordagens partilhadas nas áreas do ambiente e sustentabilidade, cultura, turismo e planeamento urbano.

 

“A presença dos representantes do Município de Zamora neste evento é um testemunho do nosso compromisso com a cooperação internacional. Portugal e Espanha, países vizinhos que partilham uma história quase milenar, continuam a ter muito a oferecer um ao outro e ao mundo”, começou por afirmar o presidente da Câmara, José Manuel Silva,  salientando que Coimbra e Zamora “são atualmente atores das relações internacionais que emergem progressivamente como espaços onde a vida política, social, cultural, ambiental, e económica se desenvolve, também à escala internacional. Num mundo crescentemente globalizado verifica-se que as cidades congregam o potencial para desempenhar um papel relevante e transformador à escala internacional”.

 

Razões que levaram a CM de Coimbra a convidar o Ayuntamiento de Zamora para celebrar os 880 anos da conferência de Zamora.  “Estamos orgulhosos por construir esta oportunidade para firmar um novo tratado entre Coimbra e Zamora, um tratado de modernidade e de afirmação do progresso sustentável de territórios que, através da partilha de experiências, identifica os grandes temas de colaboração: alterações climáticas, descarbonização das atividades e da economia, biodiversidade, desafios urbanos para a sustentabilidade, mobilidade, reabilitação dos centros históricos e novos produtos turísticos”, salientou José Manuel Silva, reforçando ainda que ”juntos podemos enfrentar os desafios de forma mais eficaz e construir um futuro mais sustentável e próspero para nossas comunidades”.

 

“A parceria que estamos a estabelecer não é apenas um ato de celebração, mas um compromisso de solidariedade e amizade duradoura. Ao unirmos os nossos esforços, podemos promover a conservação ambiental, partilhar a riqueza da nossa herança histórica e fortalecer as nossas economias locais, nomeadamente através de novos roteiros turísticos, que incluam, por exemplo, uma visita à Catedral de Zamora – onde D. Afonso Henriques se armou cavaleiro em 1125 – e, a Coimbra, ao primeiro panteão nacional – o Mosteiro de Santa Cruz onde jaz o primeiro Rei de Portugal”, acrescentou, ainda, o presidente da Câmara, agradecendo a todos a presença na celebração.

 

“Em Coimbra iremos promover a construção de uma estátua equestre de D. Afonso Henriques que irá consolidar e simbolizar a herança deixada ao país pelo primeiro monarca português, que escolheu Coimbra como o seu bastião de poder. Expressamos o nosso reconhecimento ao fundador de Portugal, que abriu a Coimbra um caminho de centralidade, que se ramificou ao longo dos séculos em áreas como o conhecimento, o património e o núcleo difusor da língua a da cultura portuguesa”, concluiu o presidente da Câmara.

 

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