O FMES tem uma dotação de 319 mil euros para 2023, para além da verba a transitar para cada uma das 18 CSF relativa ao ano passado, em que se registou uma taxa de execução 92%, tendo sido atribuídos apoios no valor de 293 mil euros.
No passado dia 28 de março, foram formalizados os protocolos entre o Município e as 18 CSF que têm como objetivo definir regras, princípios e procedimentos para a atuação da entidade gestora do FMES e para a atribuição das verbas aos beneficiários.
São entidades gestoras nas 18 CSF as seguintes entidades: Centro Paroquial de Bem Estar Social de Almalaguês, Centro de Bem Estar Social de Brasfemes, Conferência S. Paulo, Associação Desportiva e Recreativa Vilanovense, Cáritas Diocesana de Coimbra, Centro Social e Paroquial de S. João do Campo, Centro Social Cultural e Recreativo de Quimbres, Centro Social Torres do Mondego, Grupo de Danças e Cantares da Cidreira, Centro Social e Polivalente da Palheira, Associação Cozinhas Económicas Rainha Santa Isabel, Associação Social Cultural e Recreativa de São Paulo de Frades, Clube Tempos Livres de Santa Clara, Associação Cultural e Recreativa do Casal de Figueiras, Centro Sócio – Cultural Polivalente de S. Martinho, Centro de Apoio Social de Souselas, Centro Social e Paroquial de Taveiro e Centro de Solidariedade Social da Adémia.
O objetivo do FMES é garantir condições de vida com dignidade aos agregados familiares mais vulneráveis do concelho, nomeadamente no que diz respeito à alimentação, saúde, água, eletricidade, gás, habitação, educação e outras situações identificadas pelas CSF, responsáveis pela gestão desta verba.
A política social do Município de Coimbra assenta, em grande medida, na intervenção destas 18 CSF e nas instituições sociais que, enquanto estruturas de proximidade, por isso conhecedoras das situações de maior carência socioeconómica e de vulnerabilidade social existentes em cada freguesia, são essenciais na concretização de medidas de planeamento, de intervenção e de coordenação do desenvolvimento social no concelho de Coimbra.
Segundo o relatório de execução do FMES 2022, que foi dado a conhecer na reunião de Câmara de 27 de fevereiro, no ano passado foram instruídos 984 processos que permitiram apoiar 749 famílias residentes no concelho, num total de 1.764 pessoas. O relatório conclui que, “face aos dados apresentados, o FMES de 2022 (…) continua a revelar-se uma medida de apoio extremamente importante na proteção dos agregados familiares em situação de comprovada carência social e económica.” Isto num período pós-pandemia, em que muitos agregados familiares “continuaram, durante 2022, a confrontar-se com a impossibilidade de terem acesso a bens, serviços e a condições básicas fundamentais que lhes assegurassem as condições mínimas de vida com dignidade e que promovessem a melhoria da sua qualidade de vida”.