20 Junho 2023

Contas Consolidadas 2022 da CM Coimbra aprovadas por unanimidade

Contas Consolidadas 2022 da CM Coimbra aprovadas por unanimidade

Os documentos de prestação de contas consolidadas do exercício de 2022 do Município de Coimbra com as entidades detidas e participadas foram apresentados na reunião do Executivo do dia 19 de junho pelo vereador Miguel Fonseca e aprovados por unanimidade. A apresentação dos documentos foi realizada em cumprimento do n.º 1 do artigo 75.º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 51/2018, de 16 de agosto, que estabelece o Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades Intermunicipais.

O relatório de gestão consolidado do Município de Coimbra, relativo ao exercício de 2022, relata o estado e evolução da atividade do conjunto das entidades compreendidas no perímetro de consolidação de contas do município, o qual abrange Município de Coimbra (entidade-mãe), SMTUC, Águas de Coimbra e PRODESO – Ensino Profissional (detidas a 100%), iParque (92,65%) e Associação Ruas (50%), explicou o vereador com o pelouro da Economia, Contabilidade e Finanças.

 

No ano de 2022, em termos de recursos humanos, verificou-se um aumento do número de efetivos com relação jurídica de emprego público a termo resolutivo e em comissão de serviço, e uma diminuição de efetivos na relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado e em mobilidade, o que se traduziu numa variação negativa, de 1,56%, no número total de trabalhadores do Município em efetivo exercício de funções, perfazendo um total de 1.921 trabalhadores a 31 de dezembro de 2022 (dos quais 60% do sexo feminino e 40% do sexo masculino). O número de trabalhadores que integra o grupo municipal, a 31 de dezembro de 2022, ascende por sua vez a 2.704.

 

Uma breve análise à situação económica e financeira, a partir do Balanço Consolidado que reflete os bens, direitos e obrigações do Grupo Municipal, permite concluir que o ativo líquido consolidado foi de 792.394.938,96 €, o que representou um aumento de 3,2% relativamente ao período homólogo anterior. Já o passivo consolidado foi de 127.728.730,38 €, o que representou um acréscimo de 6,3% face ao período homólogo anterior. Os capitais próprios consolidados (com interesses minoritários) foram de 664.666.208,58 €, o que significou um acréscimo de 2,6% face ao período anterior, evidenciou Miguel Fonseca.

 

Relativamente à composição dos Fundos Próprios do Grupo Consolidado, salta à evidência o aumento ocorrido no Património Líquido, em relação a 2021, no montante de 8.431.096,23 €, que se deve essencialmente, ao registo de transferências e subsídios ao investimento, cujas condições de atribuição se encontravam cumpridas, e à inventariação de bens imóveis que são propriedade do município.

 

Com base nas Demonstrações de Resultados Consolidadas, constata-se que o grupo municipal teve 149.799.434,11 € de rendimentos totais e 144.691.836,01 € de gastos totais, representando um acréscimo de 8,3% nos rendimentos e um acréscimo de 3,6% nos gastos, de onde resulta um resultado líquido positivo de 5.146.585,62 €, sublinhou o vereador.

 

As variações registadas nos rendimentos e nos gastos resultam, maioritariamente, da atividade do Município e das Águas de Coimbra, destacando-se ao nível dos rendimentos que o maior peso é proveniente de “impostos, contribuições e taxas” e “transferências e subsídios correntes obtidos”, resultantes da atividade da entidade-mãe, sendo de destacar um acréscimo de 7,6 M €, que traduz sobretudo o aumento das coletas de IMT (+ 6,2 M€), Derrama (+ 1,8 M€) e IUC (+ 217 mil €).

 

Na estrutura de gastos, as rubricas que assumem maior peso são os gastos com pessoal, com fornecimentos e serviços externos, os custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas e os gastos com transferências e subsídios concedidos, devendo salientar-se a componente de pessoal, que decorre do aumento do salário mínimo e de alterações de posicionamento remuneratório, na sequência de avaliações de desempenho, notou Miguel Fonseca.

 

Quanto ao Resultado Líquido do Grupo que foi apurado, registou um acréscimo muito significativo de 496,3% no ano de 2022 (dado que em 2021, tinha sido negativo no montante de 1.298.738,55 €), tendo contribuído para tal os resultados positivos gerados pelo Município, SMTUC, Águas de Coimbra e Ruas, enquanto que a PRODESO e o iParque registaram resultados negativos.

 

“No que concerne aos indicadores relativos à atividade desenvolvida pelo Grupo Municipal, os mesmos permitem efetuar uma leitura quantitativa da sua saúde financeira, confirmando a estabilidade financeira do município, a baixa dependência de financiamentos externos, o património líquido como principal fonte de financiamento do ativo e a grande capacidade de solver dívidas quer a curto quer a médio/longo prazo”, afirmou Miguel Fonseca na apresentação ao Executivo.  

 

Em termos de análise da distribuição dos custos, conclui-se que as Funções Sociais representam 60,7% do total dos custos do Grupo Municipal (onde se inclui a atividade de Serviços Auxiliares de Ensino e o Abastecimento de Água e Saneamento).

 

Relativamente à distribuição dos rendimentos consolidados, as Funções Gerais destacam-se claramente, representando 54,6%, onde se incluem impostos, taxas e fundos (com exceção do Fundo Social Municipal).

 

As contas consolidadas do exercício de 2022 do Município de Coimbra foram aprovadas com o voto favorável de todos os vereadores.

 

 

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