Em 2023, está previsto o aluguer de 5 a 10 autocarros standard com dois a três anos, a aquisição de 10 a 20 autocarros diesel standard usados “com uma idade média e quilometragem aceitáveis” e, ainda, o abate de 15 autocarros, num investimento de 3,3 milhões de euros. A apresentação do Plano de Renovação ocorreu a 9 de fevereiro, após a divulgação da taxa de imobilização dos SMTUC e da análise técnica da frota. Agora, depois da participação das diferentes forças políticas, vai ser submetido a votação do Executivo.
No mesmo documento dos serviços municipais refere-se que “se entende não existir matéria para se efetuar desde já uma revisão do plano, devendo esta ser efetuada quando existirem dados relativos à reestruturação da rede de transportes públicos dos SMTUC, nomeadamente em função do impacto do Metrobus, o que acaba por ir ao encontro das principais sugestões de todos os partidos / forças ou coligações partidárias”. Precisamente nesse sentido foram as declarações do presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva, aquando da apresentação do Plano, tendo na altura realçado o facto de os “SMTUC serem um desígnio de todas as forças políticas” e caracterizando o documento como um “plano de salvação municipal”. O presidente da CM de Coimbra frisou, ainda, que o Plano representa o “maior investimento alguma vez feito nos SMTUC”, acrescentado tratar-se de um documento “flexível”, que será adaptado, quer às oportunidades de financiamento, quer à futura integração com o Metrobus.
O plano apresenta três cenários possíveis de concretização, sendo que o cenário apresentado foi o terceiro. Na ocasião, a vereadora Ana Bastos, presidente do Conselho de Administração dos SMTUC, justificou esta escolha como sendo o cenário “mais realista” e “mais exequível”. Assim sendo, o cenário prevê a médio/longo prazo, para concretizar até 2030, uma taxa de imobilização de 15% e a entrada de 15 novos autocarros por ano, com um custo de 39,5 milhões de euros, de forma faseada: 2,1 milhões em 2024; nos anos seguintes montantes anuais de 6,3 milhões até 2029, ano que tem um acréscimo de cerca de 500 mil euros, fruto da opção de aquisição dos 15 autocarros do contrato de aluguer de 2024 pelo valor remanescente.
O ciclo deste cenário conclui-se em 2030, com um investimento anual de 5,4 milhões de euros. Em 2023, está previsto o aluguer de cinco a 10 autocarros standard com dois a três anos, a aquisição de 10 a 20 autocarros diesel standard usados “com uma idade média e quilometragem aceitáveis” e, ainda, o abate de 15 autocarros, com a necessidade de um investimento de 3,3 milhões de euros. No total, vão ser necessários cerca de 43 milhões de euros para concretizar o Plano, pelo que o Município vai empenhar-se, recorrendo ao Estado Central, na procura de financiamento. Tal como referiu a presidente do CA dos SMTUC, o Município vai, numa próxima fase, empenhar-se na procura de linhas financiamento, sendo que se aguarda com grade expectativa as linhas de financiamento europeu.
Para além da renovação da frota, o Plano contempla, também, a melhoria do desempenho da Divisão de Equipamento e Manutenção, através da contratação rápida de pessoal para as oficinas e para a gestão de sistemas e aumentar a ações de formação/troca de experiência, da manutenção da prestação de serviço de manutenção externa, da melhoria dos sistemas informáticos, nomeadamente de monitorização da frota, custeio de “obras” e gestão do aprovisionamento e da melhoraria de gestão de stocks, bem como uma maior celeridade nos processos de aquisição.
A concretização deste Plano vai permitir que, em 2025, a frota se situe nos 136 veículos, valor que se mantém em 2030, ano em que os autocarros entre zero e cinco anos vão ultrapassar os 50% ou em que a idade máxima das viaturas se vai situar nos 14 anos. Importa recordar que para o cenário atual contribuíram o desinvestimento que os SMTUC têm sofrido ao longo dos últimos anos, bem como a frota extremamente envelhecida. Os 177 autocarros atuais conta com 119.736.705 quilómetros, representando uma média de 676.478,5 quilómetros. Atualmente, há 14 viaturas com idade inferior a dois anos e há 18 viaturas com mais de 25 anos, das quais, cinco contam com quase 40 anos. Por outras palavras 45% da frota tem mais de 20 anos. A maior fatia de autocarros conta tem entre 10 e 15 anos (55 viaturas), que contam com uma média de 694.446 quilómetros.