2 Agosto 2022

Reportagem fotográfica: PARTE Summit’22

Reportagem fotográfica: PARTE Summit’22

Reportagem fotográfica do encontro internacional que celebrou a arte contemporânea em Coimbra com lançamento de programa inédito na área do Turismo de Arte, no passado sábado, dia 30 de julho.

Um seminário de arte que reuniu alguns dos mais reconhecidos curadores internacionais, o lançamento da primeira publicação-guia sobre o Turismo de Arte em Portugal e um concerto d’O Gajo marcaram um dos acontecimentos culturais do ano em Coimbra no passado sábado, 30 de julho: o PARTE Summit’22, no Convento São Francisco.

 

 

Intervenção do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, na sessão de abertura do PARTE Summit’22

 

Em primeiro lugar, quero saudar o Dr. Pedro Machado (Turismo do Centro), a Dra. Suzana Menezes (Direção Regional de Cultura do Centro) e o Dr. Américo Rodrigues (Direção Geral das Artes), colegas desta sessão de abertura, e agradecer aos ideólogos (a empresa Flamingo Circuit, da dupla Miguel Mesquita e Sílvia Escórcio) e aos promotores (Turismo de Portugal e Ministério da Cultura através da DGARTES) esta iniciativa extraordinária, inédita e ambiciosa, bem como por Coimbra ser a primeira cidade do país a acolher este evento, o que não é de somenos e é ilustrativo do lugar de referência que queremos ocupar no panorama da arte contemporânea nacional e internacional. 

 

A CM de Coimbra associa-se ao projeto “PARTE – Portugal Art Encounters” porque acredita que é fundamental valorizar a arte contemporânea e aprofundar o diálogo e cruzamento entre os universos da cultura e do turismo, criando-se sinergias, práticas colaborativas e potências convergentes. Por outro lado, consideramos essencial apostar, de forma mais ambiciosa e consistente, no segmento do Turismo de Arte e nas suas múltiplas potencialidades culturais e económicas na Região Centro. 

 

A CM de Coimbra pretende assumir a arte contemporânea como uma das áreas-âncora da sua estratégia cultural e da narrativa identitária do território “Coimbra”, dando-lhe mais recursos, estímulos, capacitação, difusão e promoção a nível nacional e internacional, de modo a garantir uma efetiva continuidade e sustentabilidade dos projetos em curso, de ideias emergentes e de pensamentos divergentes. 

 

A revisão, em curso, da política de eventos da autarquia, da sua gestão da instalação de obras de arte em espaço público, das programações regulares e dos moldes e regras de apoio ao tecido associativo, bem como a captação de fontes de financiamento alternativas, no plano interno e externo, para o eixo cultura-turismo, são igualmente prioridades da Câmara Municipal de Coimbra. 

É de frisar que a CM de Coimbra criou recentemente um grupo de trabalho, eclético e abrangente (que inclui agentes e organismos públicos e privados), em torno do ecossistema da arte contemporânea em Coimbra, de modo a lançar questionamentos e a desenhar, em conjunto, projetos, parcerias, concertações programáticas e outras práticas que permitam, pela sua lógica de agregação (e não de dispersão), desenvolver um trabalho mais sustentado, ambicioso e impactante a curto e médio-prazo em torno desta rede cultural específica. 

 

Coimbra apresenta, atualmente, vários equipamentos, massa crítica, projetos e dinâmicas (desde o Centro de Arte Contemporânea à Casa das Artes Bissaya Barreto, do Colégio das Artes à Casa da Esquina, do Videolab ao Centro de Artes Visuais, do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra/Bienal Anozero ao coletivo Pescada n.º 5, da Fundação Inês de Castro ao Centro Cultural Penedo da Saudade, entre outros) que enformam um universo em franca expansão e dotado de um potencial humano, criativo e artístico que é indesmentível e inspirador.

Acreditamos ainda que é necessário, neste território, no campo da arte contemporânea, um trabalho mais qualificado e eficaz nos campos da comunicação e marketing culturais, e da mediação artística (junto das escolas, das comunidades locais e do segmento turístico), de modo a promover uma maior democratização do acesso à cultura e a necessária formação e diversificação de públicos. 

 

Coimbra deseja também estar alinhada com o arranque da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, cujo período de adesão abre já em setembro, de modo que equipamentos deste território possam integrar esta rede e beneficiar de uma lógica de descentralização, de qualificação dos espaços e equipas, de apoio financeiro à programação e de maior circulação de obras de arte. Relembre-se que Coimbra vai beneficiar de apoio através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o qual vai abranger equipamentos culturais ligados à arte contemporânea no âmbito da transição digital. 

É crucial que a arte contemporânea em Portugal possa ganhar, cada vez mais, uma dimensão internacional, que sejam desenhadas parcerias estratégicas com outras geografias e que haja uma vital circulação de curadores, obras de arte e mediadores.

 

Finalmente, relevo a intenção da CMC de concorrer aos fundos estruturais do Portugal 2030 com um novo projeto para a reinstalação de um grande Centro de Arte Contemporânea de Coimbra.

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