“Hoje é um dia esplêndido para Coimbra, em que nós registamos com apreço a boa nova da notícia que recebemos do Azerbeijão e que para nós é uma evidência há muitos anos”, disse Manuel Machado, acrescentando que “o reconhecimento pela UNESCO é um passo importante para que nós sintamos mesmo pertença, autoestime, consciência do que vale a nossa cidade”.
Assista à intervenção na íntegra do presidente da CM Coimbra:
Recorde-se que o Museu Nacional de Machado de Castro não foi incluído na área que veio a ser classificada em 2013 por se encontrar em trabalhos de restauro e remodelação na ocasião em que foi apresentada a candidatura inicial. A intervenção de requalificação do Museu, que decorreu entre e 2004 e 2012, sob responsabilidade do arquiteto Gonçalo Byrne, recebeu o Prémio Piranesi/Prix de Rome, em 2014.
Sobre o Museu Nacional Machado de Castro
O Museu Nacional de Machado de Castro, monumento nacional desde 1910, situa-se no antigo Paço Episcopal de Coimbra, que por sua vez se vem instalar no local do forum da cidade em época romana, do qual resta o impressionante criptopórtico. Neste museu nacional encontram-se depositadas mais de uma centena de obras consideradas Tesouro Nacional, sendo que parte significativa e qualificada da coleção provém de antigos colégios universitários, igrejas ou mosteiros que se encontram já na área classificada (Sé Velha, Sé Nova, Mosteiro de Santa Cruz, por outros).
Durante o processo de elaboração da candidatura da Universidade de Coimbra a Património Mundial, o edifício do Museu esteve encerrado devido a uma intervenção de requalificação, que decorreu entre e 2004 e 2012. Esta intervenção, da responsabilidade do arquiteto Gonçalo Byrne, veio a receber o Prémio Piranesi/Prix de Rome, em 2014.
Desde a reabertura do Museu Nacional de Machado de Castro que um conjunto mais vasto de coleções, particularmente as relativas à História e presença da Universidade de Coimbra, se encontram na Exposição permanente. Desde 2012 tem sido reforçada a colaboração interinstitucional baseada na complementaridade, articulação e partilha de recursos e bens disponíveis, participação em redes temáticas internacionais e definição conjunta de programas culturais, formativos e educativos. Esta colaboração alicerça-se na natureza das coleções que o Museu detém à sua guarda, parte delas proveniente da Universidade de Coimbra; nos espólios das duas Instituições que são por elas partilhadas; no valor aportado pela valorização conjunta de toda esta herança e património. De referir, por exemplo, que é o museu o local onde se conservam inúmeros objetos e testemunhos arquitetónicos de muitos espaços universitários que desapareceram com a construção da Cidade Universitária no século XX; que foi o Paço Episcopal, hoje Museu Nacional Machado de Castro, o local de residência de muitos Bispos que acumularam o cargo de Reitor da Universidade; que a génese da cidade romana encontra o seu mais qualificado testemunho no Museu, com a possibilidade de visita e fruição do criptopórtico de época romana. São inúmeros e muito qualificados os testemunhos que concretizam esta relação de vizinhança e colaboração de muitos séculos, o que permitirá um elevado acréscimo nas atividades e projetos em curso, bem como nas estratégias de comunicação de cultura e fruição destes espaços patrimoniais de elevado valor.