7 Novembro 2017

Festival Lux Interior no Convento São Francisco de 9 a 11 de novembro

Festival Lux Interior no Convento São Francisco de 9 a 11 de novembro

Nos próximos dias 9, 10 e 11 de novembro, o Convento São Francisco será o palco do Festival Lux Interior. Coorganizado pela Câmara Municipal de Coimbra (CMC) e a Lux Records, o Festival será um epítome da atividade da editora conimbricense fundada em 1996, e, sobretudo, uma nova oportunidade para a produção musical da cidade. 

O preço dos bilhetes diários varia entre os 10 e os 15 euros, consoante os espetáculos, havendo ainda descontos para estudantes, menores de 30 e maiores de 65 anos, bem como para grupos a partir de 10 pessoas. Há também um passe especial que dá acesso a toda a programação dos três dias, que tem um custo único de 25 euros.

O Festival Lux Interior é uma celebração da música feita e editada em Coimbra durante as décadas de 80 e 90 do século XX. Estes anos dourados da cena musical conimbricense produziram músicos e bandas, cujos concertos, com projeção à escala regional e nacional, adquiriram um estatuto lendário. A longevidade e o impacto destes projetos ainda hoje se manifestam na carreira de alguns músicos que, ao longo dos últimos anos, têm estado na origem de novos grupos com relevância no panorama da música portuguesa. 

Muitos destes músicos vão marcar presença no Festival Lux Interior durante os três dias de concertos a não perder. Adicionalmente, no Café-Concerto do Convento, vai decorrer uma programação paralela com propostas na área do cinema documentário, uma Feira do Disco (vinil e CDs), Exposição de Capas de Discos editados pela Lux Records e um Atelier de Construção de Instrumentos Musicais com o luthier Cândido Jacob. 

O Festival Lux Interior é um projeto da editora Lux Records que, para além de dar a conhecer os artistas da editora, também pretende imortalizar uma das figuras mais emblemáticas e inspiradoras das bandas de rock conimbricenses – Lux Interior, o líder dos Cramps. 

A Lux Records foi fundada em 1996 e, desde então, tem dado a conhecer muita da melhor música com origem na cidade de Coimbra: Belle Chase Hotel, Tédio Boys, Legendary Tigerman, Sean Riley & The Slowriders, D3O, Wraygunn, Bunnyranch, Tiguana Bibles, Ruby Ann & The Boppin’ Boozers, É Mas Foi-se, Ghost Hunt, António Olaio & João Taborda, Azembla’s Quartet, Victor Torpedo, Tracy Vandal, Bodhi, The Walks, Millions, Raquel Ralha & Pedro Renato. 

Mas nem só de Coimbra vive a história da Lux Records. Bandas como Mão Morta de Braga, X-Wife do Porto, Unplayable Sofa Guitar e Madame Godard de Viana do Castelo, Born A Lion da Marinha Grande, Houdini Blues de Évora, e até os Swell de São Francisco (E.U.A.) têm a sua história marcada com o selo da editora. Em breve, juntar-se-ão os nomes de Mancines, Birds Are Indie, Twist Connection e Wipeout Beat.

PROGRAMA DO FESTIVAL LUX INTERIOR  

9 de Novembro – 21h45 | Blackbox 

Bilhete geral: 10€ | Bilhete especial (estudantes, menores de 30 anos, maiores de 65 anos e grupos a partir de 10 pessoas): 8€

GHOST HUNT – Concerto que assinala o lançamento em vinil do álbum de estreia homónimo, edição da Lux Records. Os Ghost Hunt são um duo de música eletrónica composto por Pedro Oliveira (ex-Dive, Spider, Blarmino e One Love Family) e Pedro Chau (Parkinsons, ex- Blood Safari, ex- 77). A maquinaria usada por Pedro Oliveira remete-nos para o universo do Krautrock e de nomes como Kraftwerk e Neu! A esta maquinaria, Pedro Chau junta as suas linhas de baixo, tensas e ásperas, que dão corpo às composições do duo. 

THE MILLIONS – 1.ª parte, concerto de apresentação do álbum de estreia “Internal Combustion”, edição da Lux Records. A versão em vinil chegará em dezembro próximo. Os Millions são a nova banda de Sérgio Costa (ex-Belle Chase Hotel e Quinteto Tati) e de Alexandre Mano (ex-Superego e The Underdogs). O seu álbum de estreia, “Internal Combustion”, foi gravado nos estúdios Blue House por João Rui e Jorri (ambos dos A Jigsaw) e produzido por Pedro Renato (ex-Belle Chase Hotel, Mancines). Para single de apresentação a banda escolheu o tema “May Way With You”, com videoclip realizado por Bruno Pires. Raquel Ralha (ex-Belle Chase Hotel, Wraygunn, Mancines) é uma das convidadas do disco, junto com uma secção de metais que participarão no concerto do Festival Lux Interior.

10 de Novembro – 21h45 | Grande Auditório 

Bilhete geral: 12€ | Bilhete especial (estudantes, menores de 30 anos, maiores de 65 anos e grupos a partir de 10 pessoas): 10€

SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS – Concerto comemorativo do 10.º aniversário da edição do álbum de estreia da banda “Farewell”. Sean Riley (Afonso Rodrigues) é detentor de uma voz de múltiplas virtudes e notável projeção, simultaneamente versátil e encantadora, ouça-se uma ou cem vezes, e a sua guitarra destila meio século da história do pop/rock. Os Slowriders são só dois, mas multiplicam-se no disco, com Bruno Simões a alternar entre o baixo e a melódica, e Filipe Costa com o omnipresente orgão Hammond e assegurando as percussões. “Moving On”, o single de apresentação de “Farewell”, é um clássico instantâneo. E quem resiste à melodia de piano em “Lights Out”? Ou às histórias cantadas de “Harry Rivers”, “Marble Arch”, “Motorcycle Song”, “Let Them Good Times Roll” e “Spider’s Blues”? São razões de sobra para afirmar “Farewell” como um disco coeso e inspirador, onde todos os instrumentos estão no lugar certo. Para comemorar os 10 de anos de “Farewell”, a Valentim de Carvalho presenteia-nos com uma edição-estreia em vinil e uma reedição em CD – esta com três temas-extra: “Bring Your Boy Home” e as gravações originais de Wout Straatman para “Moving On” e “Lights Out”. Em vinil, o álbum surge em duas versões: uma a preto e a outra a cor-de-laranja, com poster da primeira digressão da banda. 

RAQUEL RALHA E PEDRO RENATO – 1.ª parte, concerto de apresentação do álbum de estreia “The Devil’s Choice, Vol.1”, edição da Lux Records. Raquel Ralha e Pedro Renato trabalham juntos desde os tempos dos Belle Chase Hotel. Prosseguiram caminho com Azembla’s Quartet, Ellas e, mais recentemente, com Mancines. A convite do programa “Cover de Bruxelas”, que passa semanalmente na Rádio Universidade de Coimbra, juntaram-se nos Estúdios Blue House, pela primeira vez como um duo, para gravar três ‘covers’. Foi na frequência de 107.9 FM, a 11 de dezembro de 2016, que ouvimos, pela primeira vez, as versões de “Nerves” (Bauhaus), “Peek-A-Boo” (Siouxsie And The Banshees) e “Right Now” (Herbie Mann / Mel Tormé). Esta “Cover de Bruxelas Session” foi o motor que deu arranque a “The Devil’s Choice Vol. 1” – disco integral de versões que será editado neste dia. 

11 de Novembro – 21h45 | Grande Auditório 

Bilhete geral: 15€ | Bilhete especial (estudantes, menores de 30 anos, maiores de 65 anos e grupos a partir de 10 pessoas): 12€

MÃO MORTA – Concerto comemorativo do 25.º aniversário da edição do álbum “Mutantes S.21”. Com a edição de “Mutantes S.21” os Mão Morta, até então apenas conhecidos no meio underground nacional, chegavam aos ouvidos de um público mais vasto, muito por força do airplay televisivo e, depois, radiofónico de “Budapeste (Sempre a Rock & Rollar)”, o seu primeiro single. Para comemorar a efeméride, os Mão Morta decidiram fazer uma digressão comemorativa da edição do disco. Nela, pela primeira vez, vão ser apresentados ao vivo todos os temas do álbum, incluindo os três nunca antes levados a palco: “Shambalah (O Reino da Luz)”, “Istambul (Um Grito)” e “Marraquexe (Pç. das Moscas Mortas)”. Aos nove temas de “Mutantes S.21” juntam-se ainda, conforme os locais, outros seis do repertório da banda, escolhidos em função da sua temática e ambiente urbanos e que, por relatarem estórias da cidade, podem dialogar com os temas de “Mutantes S.21”. 
Mas o “Mutantes S.21” foi também um álbum de transição entre o vinil e o CD – julgava-se então que seria o último disco que a banda editava em vinil. Por esse motivo, numa despedida condigna ao suporte, houve lugar a uma edição especial em vinil com um livro de banda-desenhada contendo uma estória por cada tema do disco. Isso não poderia ficar esquecido e, em 2017, quando o vinil regressa em força às prateleiras das lojas e aos gira-discos, a digressão comemorativa dos 25 anos da edição do “Mutantes S.21” teria de realçar esse facto. Então, os Mão Morta convidaram 15 ilustradores portugueses para criarem um trabalho alusivo a cada um dos 15 temas a apresentar. Assim, os temas são ilustrados por desenhos de Alex Gozblau, André Coelho, André Covas, Ângela Vieira, António Gonçalves, Esgar Acelerado, João Lemos, João Maio Pinto, José Carlos Costa, Marco Mendes, Marco Moura, Miguel Ogoshi, Raquel Costa, Sebastião Peixoto e Tiago Manuel. Estas ilustrações são depois manipuladas digitalmente em tempo real por João Martinho Moura, artista de Arte Digital com vasto trabalho neste campo e que acompanha os Mão Morta na digressão. São motivos suficientes para se antever um concerto que não deixará ninguém indiferente. 

D3O – 1.ª parte, concerto que assinala o lançamento em vinil do álbum “Exposed”, edição da Lux Records. Os D3O (the trio) nasceram em 2002, em Coimbra, das cinzas dos Tédio Boys. Estrearam-se ao vivo na 1ª parte dos Parkinsons (banda de outro ex-Tédio Boys, Vítor Torpedo) num concerto no Le Son, em Coimbra. Toni Fortuna (voz e guitarra, ex-Tédio Boys), Tó Rui (guitarra, ex-Garbage Catz) e Miguel Benedito (bateria, ex-Garbage Catz) depois de editarem “SixPackTrack” (2003), “8 Tracks On Red” (2004) concluíram, em 2005, com “7 Heartbeat Tracks” (produzido por Paulo Miranda – Unplayable Sofa Guitar, Old Jerusalem, Legendary Tigerman), o projecto inicial: um trio / três EPs. 
Em 2008, “The Box” compilou numa luxuosa caixa de madeira (limitada a 100 exemplares, individualmente numerados, e apenas disponível nos concertos e sites da banda) estes três trabalhos e acrescentou um CD single promocional com os novos temas “Take This Love From Me” (com a participação de Raquel Ralha dos Wraygunn/Belle Chase Hotel/Azemblas Quartet) e “Junior Daddy”.
Simultaneamente, a editora inglesa Dirty Water Records colocou no mercado mundial um single em vinil 7’’, com os temas “Wanna Hold You” e” Go”. Depois de um ano cheio de concertos, que incluíram passagens pelo Coliseu dos Recreios (na 1ª parte de Bloc Party), o Festival Alive, a alucinante noite com Mudhoney, novas incursões por Espanha e Inglaterra (Manchester, Sheffield e Londres), Tony Fortuna e companhia começaram o ano de 2008 com a “Box Tour”. Depois de gravarem uma sessão “3 Pistas” para o programa ‘Portugália’ da Antena 3, que incluiu uma versão acústica de “Rehab” de Amy Winehouse, os D3O gravaram o álbum estreia “Exposed”, produzido pelo holandês Wout Straatman (o mesmo de ‘Farewell’ – Sean Riley & The Slowriders) e editado em 2009. 
No início de 2012, os D3O concluíram as gravações do novo álbum de originais, “Love Binder”, ainda com Miguel Benedito na bateria, entretanto emigrado para o Canadá. Nito, ex-companheiro de Tony Fortuna nos míticos É M’as Foice, foi o escolhido para substituir Miguel Benedito na bateria. “Love Binder” foi editado no dia 2 de setembro de 2013 e os D3O regressam ao seu habitat natural, o palco, com uma digressão extensa de três anos.
Em 2016 gravaram uma versão do clássico “I Put A Spell On You” de Screamin’ Jay Hawkins para a compilação “Sons Of Chaputa!” e uma sessão para o programa “Cover de Bruxelas” da Rádio Universidade de Coimbra com versões de “Human Fly” (Cramps) “He’s Waiting” (Sonics) e “Sea Of Love” (Phil Philips With The Twilights). Em junho de 2017, iniciaram as gravações do novo longa duração ainda com Nito na bateria, mas desta vez, foi Nito que emigrou para a Bulgária e o regressado Miguel Benedito assumiu novamente o lugar original.

18h00 | Café-Concerto  

ANTÓNIO OLAIO & JOÃO TABORDA – Showcase dos primeiros artistas editados pela Lux Records. O duo António Olaio & João Taborda editou o último disco de originais “Blaupunkt Blues”, pela Lux Records em 2007. O álbum foi produzido por Pedro Renato (Belle Chase Hotel, Azembla’s Quartet) e conta com as participações de Pedro Pinto (Wraygunn, Belle Chase Hotel) na bateria e do próprio Pedro Renato no baixo e teclas. Depois de LoudCloud (Lux Records, 1996) e Sit On My Soul (Lux Records/NorteSul, 2000) em que o duo baseava os seus temas na simplicidade instrumental da viola de João Taborda e nas letras corrosivas de António Olaio, conseguindo criar sempre novas situações sublinhadas e ampliadas pelos arranjos instrumentais no seu sentido simpaticamente provocatório. 
“Blaupunkt Blues” apresenta Olaio e Taborda a aventurarem-se por novas sonoridades de cariz eletrónico. António Olaio & João Taborda exploram as potencialidades das canções na criação de diferentes atmosferas ficcionais. Sendo João Taborda, músico e António Olaio, músico e artista plástico, as suas atuações podem ser vistas como concertos ou como performances. No delírio conceptual das letras e o ecletismo despudorado das melodias, cada canção tem as potencialidades sugestivas de uma imagem. No universo musical de Olaio e Taborda, nunca chegaremos a saber se estamos num sonho cor-de-rosa ou num daqueles pesadelos de que é difícil sair.

Eventos paralelos 

9, 10 e 11 de Novembro | Café-Concerto – Entrada gratuita 

A partir das 15h00 | Exposição de capas de discos editados pela Lux Records; Feira de discos (vinil e CDs); Atelier de construção de instrumentos musicais com o luthier Cândido Jacob.

17h00 | Exibição do documentário The Parkinsons: A Long Way to Nowhere de Caroline Richards – 9 de novembro. Exibição do documentário Rockumentário de Sandra Castiço – 10 de novembro. Exibição do documentário “Filhos Do Tédio” de Rita Alcaire e Rodrigo Lacerda – 11 de novembro.

Informação: Bilheteira – 239857191 | Horário: 15h00 às 20h00 – bilheteira@coimbraconvento.pt

Convento São Francisco – Av. da Guarda Inglesa n.º 1 A 3040 | 193 Coimbra – Portugal | Tel.:+351 239857190 geral | geral@coimbraconvento.pt

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